Coreia do Norte dispara míssil balístico em direção ao mar

Agência Lusa , PP
25 jun, 23:28
Parada militar em Pyongyang, 9 de fevereiro de 2023. Foto: KCNA via AP

O Japão confirmou o lançamento. A Coreia do Sul também disse ter detetado o lançamento, mas não forneceu detalhes

A Coreia do Norte disparou um míssil balístico não especificado em direção ao mar, adiantou hoje a agência de notícias sul-coreana Yonhap, citando os militares de Seul.

O Japão confirmou o lançamento, com o Ministério da Defesa citado pela guarda costeira a referir que um “possível míssil balístico foi disparado pela Coreia do Norte”.

O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul disse ter detetado o lançamento, mas não forneceu detalhes, destacando que está em andamento uma análise.

O míssil parece já se ter despenhado no mar, acrescentou a guarda costeira, num comunicado.

Segundo a agência Reuters, que cita o ministério de Defesa do Japão, o míssil balístico atingiu uma altitude de cerca de 100 km (62 milhas) e cobriu um alcance de mais de 200 km (124 milhas) antes de sair da zona económica exclusiva deste país.

Este novo lançamento de mísseis surge num contexto de aumento das tensões transfronteiriças, tendo a Coreia do Norte aumentado recentemente o número de envios de balões carregados de resíduos e lixo para o território sul-coreano.

O Exército de Seul acusou hoje Pyongyang de lançar cerca de 350 balões cheios de lixo durante a noite.

Pyongyang já enviou mais de um milhar de balões com resíduos para o Sul, que apresenta como retaliação aos balões com propaganda enviados por militantes sul-coreanos.

Em resposta, Seul suspendeu um acordo militar destinado a reduzir as tensões e relançou algumas emissões de propaganda em altifalantes ao longo da fronteira.

O mais recente lançamento pode ser um aparente protesto contra o destacamento na região de um porta-aviões dos EUA para um novo exercício militar trilateral incluindo os Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão, noticiou a agência Associated Press (AP)

O USS Theodore Roosevelt chegou à Coreia do Sul no sábado e o Presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol embarcou no porta-aviões na terça-feira – o primeiro presidente sul-coreano em exercício a embarcar num porta-aviões dos EUA desde 1994.

Yoon disse às tropas americanas e sul-coreanas que a aliança de seus países é a maior do mundo e pode derrotar qualquer inimigo.

O vice-ministro da Defesa da Coreia do Norte, Kim Kang Il, classificou na segunda-feira o destacamento do porta-aviões dos EUA como imprudente e perigoso.

Autoridades sul-coreanas disseram que a chegada do porta-aviões visa ajudar Seul a lidar com as ameaças nucleares da Coreia do Norte e com o avanço das parcerias militares com a Rússia.

O lançamento anterior de mísseis da Coreia do Norte ocorreu em 30 de maio, quando Seul acusou Pyongyang de disparar uma salva de cerca de dez mísseis balísticos de curto alcance.

No dia seguinte, a ‘media’ estatal norte-coreana divulgou imagens do líder Kim Jong Un a participar nos testes de um sistema de lançamento múltiplo de foguetes.

Analistas sugerem que a Coreia do Norte pode estar a aumentar a sua produção de mísseis para os fornecer à Rússia como parte da sua guerra na Ucrânia, confirmou um relatório divulgado no mês passado pelo Pentágono (Departamento de Defesa dos EUA).

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