«O terreno comprometeu a nossa exibição», diz José Mota

12 nov 2000, 19:30

Paços de Ferreira-Campomaiorense, 0-1 (reportagem) José Mota explicou o insucesso com o estado do terreno, considerando que este prejudicou muito mais o estilo de jogo da sua equipa. Manuel Henriques, treinador interino do Campomaiorense, dedicou a vitória a Carlos Manuel. Diamantino, o senhor que se segue em Campo Maior, gostou do que viu

José Mota, o treinador do Paços de Ferreira, aceitou com fair-play esta derrota. Apesar de achar que a sua equipa merecia ter pontuado, Mota relacionou o insucesso do Paços com o estado do terreno. «O resultado é injusto», começou por referir. «O Paços fez o possível para evitar a derrota. É certo que não jogámos bem, mas era impossível jogar bem neste campo. Se na semana passada fizemos um grande jogo perante o Braga, também em condições climatéricas muito adversas, o facto é que desta vez estava muita chuva e não estava vento. Era, por isso, muito difícil fazer circular a bola». 

Mota reconheceu que também houve mérito do adversário: «O Campomaiorense entrou bem no jogo e fez um golo. Fizemos tudo para inverter as coisas, mas desta vez não foi possível». 

Apesar do insucesso, Mota não vai retirar qualquer conclusão desta derrota. Para o treinadorl do Paços, o ideal é a equipa manter o mesmo esquema: «Não altero a forma de jogar nem que chovam picaretas. A minha equipa vai continuar a actuar da mesma maneira. A exibição desta tarde tem que ser percebida em função das condições climatéricas. Só posso dizer bem dos meus jogadores, que se bateram de forma inexcedível». 

Mota poupa os seus jogadores, mas o mesmo não acontece em relação ao trabalho do árbitro: «Fico triste, porque faltou um pouco de capacidade. Não gosto de falar dos árbitros, mas esta arbitragem, de facto, foi bastante fraca. Mas atenção: o Paços de Ferreira não perdeu por causa do árbitro. Perdeu porque o Campomaiorense foi mais feliz». 

«Esta vitória é do Carlos Manuel», diz Manuel Henriques 

Manuel Henriques, o treinador interino do Campomaiorense, dedicou o triunfo em Paços a Carlos Manuel, o técnico que saiu há alguns dias do clube alentejano: «Queria oferecer-lhe esta vitória. Muito do mérito foi dele. Se calhar, o Campomaiorense teve aqui a sorte que faltou ao Carlos Manuel». 

Para Manuel Henriques, o triunfo da sua equipa foi inteiramente justo: «Os jogadores foram extraordinários. Num campo em mau estado, fizeram um grande jogo e mereceram ganhar. Provaram aqui que têm valor, ao contrário do que se chegou a dizer desta equipa». 

«Gostei do que vi» (Diamantino Miranda) 

Diamantino Miranda é o senhor que se segue no comando técnico do Campomaiorense. Começa a orientar a equipa na terça-feira e foi, obviamente, um espectador atento desta partida: «Gostei do que vi. O Campomaiorense esteve em bom plano e justificou o triunfo», começou por comentar o futuro treinador da formação raiana.  

Diamantino ressalvou, no entanto, que «ainda é muito cedo» para retirar conclusões mais profundas: «Preciso de cerca de um mês para ver o que é preciso mudar. Só depois disso ficarei com uma ideia mais concreta do que se irá fazer».

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