Schmidt lembra Grimaldo, fala do inadaptado Jurásek e elogia Aursnes

11 nov 2023, 13:42

Benfica não terá no dérbi metade da defesa da época passada. Treinador das águias admite que falta de laterais disponíveis tem sido um dos problemas e destaca a importância que o espanhol tinha

Roger Schmidt admite que a falta de laterais de raiz tem sido um dos problemas do Benfica, que neste domingo defronta o Sporting na Luz tendo apenas o esquerdino David Jurásek disponível mas ainda inadaptado à equipa e sem estar na melhor forma.

Na antevisão ao dérbi, o treinador alemão destacou a importância que Alex Grimaldo - que saiu para o Bayer Leverkusen - tinha na equipa.

«Com a saída do Grimaldo, perdemos um lateral experiente, muito fiável, sempre em forma e ao mais alto nível até na parte mental. Tinha também muita experiência de grandes jogos e era perfeito para o estilo de jogo que tínhamos. Na nossa forma de jogar, de pressão alta e a jogar para a frente, os laterais são muito importantes. Na defesa, mas também no ataque. Agora temos o Jurásek, que é um jogador novo, e o Juan Bernat, que está lesionado. O David [Jurásek] precisa de um pouco mais de tempo para se adaptar a este estilo de jogo», reconheceu, referindo-se depois a Alexander Bah, que está lesionado.

«Ele está adaptado e evoluiu muito bem na época passada. Não é fácil substituir estes jogadores, mas tentámos compensar.»

E a forma de compensar nos últimos jogos passou por adaptar dois jogadores às posições de lateral: o todo-o-terreno Aursnes e João Neves, que esteve em destaque no meio-campo do Benfica, razão pela qual foi chamado à Seleção.

«O Aursnes tem de ser muito flexível porque preciso dele em todo o lado por vezes e ele tem de mudar sempre a mentalidade. Felizmente, é um jogador com capacidade para fazer isso e está sempre disponível. Por vezes acho que ele gosta de jogar numa posição nova em cada jogo», gracejou, dizendo depois que é importante ter laterais de raiz mais vezes disponíveis para evoluírem e para sedimentar processos.

Recorde-se que Roger Schmidt chegou a dizer já nesta época que tinha mais opções do que em 2022/23 e que era expectável que rodasse mais vezes a equipa do que no ano do título. Apesar disso, a rotação, por força das lesões, tem sido um problema. «Na época passada jogámos quase sempre com a mesma defesa a quatro e os mesmos médios. Esta época tem sido um pouco diferente. Perdemos jogadores, temos lesões prolongadas e na época passada não o tivemos. Isso faz com que seja mais complicado, mas não é impossível. Penso que estamos a jogar bem na Liga, temos muitos pontos e temos de nos focar nos jogadores que temos disponíveis e fazer subir o nível de quem não ao melhor nível agora», rematou.

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