BE diz que “não há AD” mas um “projeto de direita” entre Passos Coelho, PSD e Chega

Agência Lusa , MM
22 dez 2023, 13:59
Mariana Mortágua (Lusa)

Mariana Mortágua comentava o anúncio da coligação pré-eleitoral entre o PSD e o CDS-PP e diz que o "projeto de direita" será “derrotado nas próximas eleições”

A coordenadora do Bloco de Esquerda considerou esta sexta-feira que “não há Aliança Democrática (AD) nenhuma” mas sim “um projeto de direita” que junta Pedro Passos Coelho, o PSD e o CHEGA que será “derrotado nas próximas eleições”.

“Fala-se muito de uma nova AD, com toda a franqueza não há AD nenhuma, há um projeto que já foi assumido por Passos Coelho de uma aliança entre o PSD e o CHEGA, foi isso que fizeram nos Açores, esse é projeto e o propósito da direita”, afirmou Mariana Mortágua quando questionada sobre o anúncio da coligação pré-eleitoral entre o PSD e o CDS-PP.

No Porto para uma visita à redação do Jornal de Noticias e do Jogo, a líder bloquista comentou também os números do Instituto Nacional de Estatística (INE) que indicam um excedente de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) nos primeiros nove meses do ano, salientando que aquele excedente tem “como reverso a falta de investimento” em áreas como a Saúde e a Educação.

“O país conhece o que fez esse projeto de direita, essa grande família que junta Pedro Passos Coelho, Luis Montenegro, André Ventura, todos vieram do mesmo partido, têm o mesmo projeto para o país, foram derrotados a seguir à `tróica´ pelo mal que fizeram ao país, e serão derrotados nas próximas eleições”, disse.

Segundo Mariana Mortágua, “a direita é um regresso o passado, a direita foi derrotada no passado e o que é preciso é encontrar condições para que o país possa vislumbrar um futuro e vislumbrar um futuro é fazer coisas que ainda não foram feitas”.

“O papel da esquerda, uma vez que a direita não terá maioria, é o de encontrar soluções para este país e encontrar soluções para os problemas que importam. Importa a habitação, importa a saúde, importa os salários e importa também a liberdade da comunicação social”, considerou.

Confrontada com o excedente orçamental, a líder bloquista deixou críticas ao PS na resposta: “Isto significa que ao longo do tempo esta maioria absoluta do PS foi tomando algumas decisões, algumas delas já vinham antes disso, e foi privilegiando a ideia de ter metas orçamentais que vão sempre para lá do que tinha sido o objetivo, para mostrar a Bruxelas, enfim, objetivos que não são investimentos nos serviços públicos”, afirmou.

No entanto, segundo Mariana Mortágua, aqueles números, apresentados como “uma grande vitória”, tem “um reverso e esse reverso são as urgências que estão fechadas, são as aulas que os alunos não conseguem ter porque não há professores suficientes na escola, esse reverso são os atrasos na justiça, são todos os investimentos que não foram sendo feito e a falta desses investimentos sai muito caro ao país”.

“Quando se fala em contas certas devemos pensar também que as contas certas também são com a saúde, habitação e já agora quando se fala em contas certas toda a gente deve dar o seu contributo e nós esperamos que a EDP pague os seus impostos pelo negócio milionário das barragens que fez e que não contribuíram ainda para este excedente”, disse.

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