Genealogia genética resolve mistério: restos de esqueleto encontrado em quinta identificados 31 anos depois

CNN , Theresa Waldrop e Michelle Watson
14 dez 2022, 12:59
Exatamente 31 anos depois de os restos mortais terem sido encontrados, os investigadores determinaram que pertenciam a Robert A. Mullins. Crédito: Gabinete do Xerife do Condado de Pickaway

Robert A. Mullins desapareceu em 1988 ou 1989 quando tinha 21 anos. A genealogia genética permitiu chegar à sua identidade

O mistério dos restos de um esqueleto encontrados em 1991 numa quinta particular em Pickaway, Ohio, nos Estados Unidos, permaneceu por muito tempo apenas isso: um mistério.

Inicialmente, as autoridades acreditaram que se tratava de uma mulher nativa americana, de cerca de 25 anos, devido à pequena estatura e ao local onde foram encontrados, mas uma investigação mais aprofundada revelou que os restos mortais estavam enterrados há não mais de três anos, segundo o Gabinete do Xerife do Condado de Pickaway.

À medida que a análise de ADN e a perícia forense avançavam ao longo dos anos, mais informações vieram à tona: em 2012, cientistas da North Texas University conseguiram extrair ADN dos ossos. Mas tudo o que disse aos investigadores foi que os restos mortais pertenciam a um homem e podiam ter ancestrais no subcontinente indiano.

“Durante muitos anos, a única coisa disponível eram bancos de dados criminais para ADN”, disse o procurador-geral de Ohio, Dave Yost, em conferência de imprensa na terça-feira.

“Se o seu desconhecido é alguém que cometeu um crime, é ótimo, pode estar no banco de dados. Mas se não tiver cometido um crime o ADN não serve para nada”, sublinhou.

A genealogia genética, no entanto, mudou as regras do jogo. A empresa norte-americana AdvanceDNA carregou os perfis de ADN para bancos de dados de árvores genealógicas ao longo de meses.

“Construímos uma extensa árvore genealógica contendo mais de 4.000 pessoas”, disse à CNN Amanda Reno, da AdvanceDNA. “A nossa pesquisa estendeu-se até Virgínia, Kentucky, Canadá e até Inglaterra”, indicou.

Encontrámos primos distantes e outros parentes que correspondiam ao ADN.

“Através da nossa pesquisa conseguimos desenvolver um perfil específico para o indivíduo”, explicou.

Usando um “processo de verificação em várias etapas”, os investigadores determinaram que os restos mortais pertencem a Robert A. Mullins, de Columbus, Ohio”, disse o gabinete do xerife.

Mullins desapareceu em 1988 ou 1989, quando tinha 21 anos, segundo o procurador.

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