Mortes brutais de mãe e filho em 1994 resolvidas agora através de provas de ADN

CNN , Aya Elamroussi
23 fev 2022, 17:00
Stacy Falcon-Dewey e Jacob Dewey

Mais de 27 anos depois de uma mulher e o seu filho terem sido assassinados num subúrbio de Seattle, as autoridades acusaram agora um homem das suas mortes.

Jerome Frank Jones, de 51 anos, foi acusado de homicídio qualificado nas mortes de 1994, de Stacy Falcon-Dewey, de 23 anos, e do seu filho de 3 anos, Jacob Dewey, em Renton, Washington, segundo os documentos arquivados na semana passada.

Jones está atualmente detido pelo homicídio de um homem em 1995, na Califórnia, disse a advogada da acusação, Jessica Berliner. Registos online mostram que ele não é elegível para liberdade condicional naquele estado até 2030.

“O arguido amarrou Stacy Falcon-Dewey, espancou-a, violou-a por via oral e, provavelmente, disparou contra o filho à sua frente, antes de a matar. A extraordinária violência e crueldade destes assassinatos demonstram o extremo perigo que ele representa para a sociedade”, dizem os documentos do tribunal.

Vianne Falcon, mãe de Falcon-Dewey, disse à KING, afiliada da CNN, que estava emocionalmente destroçada com a perda da sua filha e do seu neto.

“Não conseguia acreditar”, disse ela, referindo-se ao dia em que a Polícia lhe falou das mortes. “Corri pela estrada fora como uma louca até encontrar um sítio onde me pode ir abaixo, a chorar”.

Se condenado, Jones poderia enfrentar uma sentença de prisão perpétua sem a possibilidade de liberdade condicional, dizem os documentos.

A acusação de Jones está prevista para o dia 1 de março, segundo o Supremo Tribunal de Justiça. A CNN entrou em contacto com Karim Merchant, advogado de defesa de Jones, para pedir comentários.

Como é que a polícia resolveu o caso

Os corpos de Falcon-Dewey e do seu filho foram descobertos a 28 de outubro de 1994, depois de um distribuidor do jornal Seattle Times ter telefonado para o 112 a reportar ter visto o corpo de uma mulher, de acordo com um documento de causa provável.

Quando os agentes chegaram, encontraram-nos deitados no meio da estrada, ao lado do carro da mãe, ambos com tiros na cabeça, relata o documento. A arma utilizada nos homicídios não foi recuperada.

A polícia diz ter havido resistência no local, com base nas provas recolhidas.

“Por exemplo, alguns dos conteúdos da mala de Stacy estavam espalhados pelo veículo, incluindo a carteira. As chaves do carro pareciam ter sido deixadas cair entre o banco do condutor e a porta e não estavam facilmente visíveis”, de acordo com o documento.

Uma inicial ligação a Jones foi estabelecida em 2022, através de provas de ADN, relata o documento.

Numa entrevista com o suspeito, numa prisão da Califórnia, Jones confirmou viver perto de Renton de 1994 a 1995, mas nega alguma vez ter encontrado ou conhecido Falcon-Dewey, segundo o documento.

Ao longo dos anos seguintes, foram submetidas provas adicionais a testes de ADN. Foi feito um avanço significativo em dezembro de 2021, quando vestígios de ADN ligados a Jones foram encontrados num casaco usado por Jacob Dewey na altura da sua morte, diz o documento. A anterior ligação de ADN entre o suspeito e as amostras tiradas a Falcon-Dewey também foi confirmada, relata.

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