Guimarães: Abel e o concorrente que lhe valeu a chamada à selecção B

19 fev 2002, 19:04

Torneio Vale do Tejo foi o momento mais alto da carreira Abel, lateral direito do V.Guimarães, chegou à selecção B por causa de Bessa, o outro lateral da sua equipa. Quem o diz é o próprio jogador.

O lateral do V. Guimarães está contente pela forma como a época lhe está a correr, apesar de um início de temporada no «banco». Bessa relegou-o para suplente nas jornadas iniciais. Abel, entretanto, conquistaria a titularidade após a visita dos minhotos a Alvalade, onde foram esmagados por 5-0. Desde essa altura, agarrou o lugar e nunca mais o cedeu: «Não me considero um titular desta equipa. Trabalho para merecer a titularidade e tenho um rival à altura, com boas qualidades, mas só pode jogar um», referiu, sustentando a propósito que «lhe dá gozo a competitividade e a luta mantida com Bessa».

«Somos rivais, mas dá-mo nos bem. Desenvolvo o meu trabalho durante a semana para merecer a confiança do técnico. O Abel e o Bessa têm a vida complicada. A nossa utilização depende do momento de forma que cada um atravessa. Recordo-me que o Bessa começou bem, mas depois o técnico optou por me meter», lembrou. Por isso, não pestaneja, quando defende ter de «actuar sempre no limite», reflexo positivo da concorrência directa imposta pelo rival. «Fui chamado à selecção por causa de o Bessa ser meu concorrente», susteve.

Abel somou, recentemente, a sua primeira internacionalização pela selecção B, que disputou o Torneio Vale do Tejo. «O momento mais alto da carreira», constatou, recordando que «Inácio foi a primeira pessoa a comunicar-lhe» a boa notícia. «Foi gratificante! Fiquei contente e senti essa chamada como um estímulo, uma força e um apoio para treinar ainda com mais afinco, porque sei que há pessoas atentas ao trabalho que estou a desenvolver. Tenho consciência que só poderei voltar à selecção se jogar com regularidade no Guimarães. Foi mais um degrau que subi de uma escadaria que não tem fim. Vou trabalhar para chegar o mais longe possível». Ainda sobre o assunto, reconheceu que a grandeza do Guimarães, também contribuiu para que o «sonho» começasse a ser alcançado.

«O Vitória é uma grande instituição e quem cá joga está sujeito a ir à selecção. O Guimarães tem uma certa história e há respeito pelo clube», disse, atentando num dado curioso: «Quando fui chamado à selecção B, fiz uma retrospectiva dos laterais que poderiam ser opção e o Bessa também entrava na minha lista», resumiu, para de seguida, atentar num exemplo vivo: «Veja-se o Frechaut na selecção A! Teve uma oportunidade e agarrou-a. É preciso essas oportunidades de jogar na selecção e no próprio clube. Um profissional vive das oportunidades que o treinador lhes dá... Se jogar em Guimarães, também posso chegar aos AA. Vai Depender dos responsáveis e ainda mais do Abel, mas é um objectivo a atingir», confiante em poder participar no Euro-2004.

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