F.C. Porto-U. Leiria, 3-0 (destaques)

12 mai 2001, 20:35

A arte Deco e os azares de Costinha

Arte Deco 
O homem do jogo. A ideia é quase consensual, mas se dúvidas ainda existiam, Deco mostrou nesta partida as razões pelas quais muitos o consideram um dos jogadores mais talentosos deste campeonato. Pode não estar no seu melhor em termos físicos, mas as suas qualidades técnicas fazem dele um poço de fantasia e imprevisibilidade. Assinou um dos melhores momentos do campeonato, ao construir uma jogada fabulosa, em progressão, que redundou no terceiro golo do Porto. É certo que beneficiou de alguma sorte, porque a bola não ia entrar e foi Bilro quem empurrou involuntariamente para golo, mas a beleza da jogada merecia tal desfecho. Muito marcado por Tiago, conseguiu, na maioria das vezes, levar a melhor sobre o seu marcador directo. 
 
Clayton, uma vez mais 
Confirmou o bom momento de forma e voltou a ser decisivo na resolução do jogo portista. O extremo brasileiro marcou o primeiro golo (ainda que com a ajuda de Costinha...), abrindo assim caminho a uma vitória que acabou por se revelar mais simples do que se previa. Mas Clayton não se ficou por aqui: é de um cruzamento dele que nasce o segundo golapontado por Pena, são dele grande parte dos remates que levaram perigo à baliza leiriense. 
 
Os azares de Costinha 
O guarda-redes até conhece bem esta casa, foi dispensado das Antas sem ter tido as devidas oportunidades, mas definitivamente esta não era a tarde apropriada para provar que merecia melhor sorte. Costinha fez uma exibição para esquecer. Tem culpa formada no primeiro golo do jogo, ao largar uma bola que parecia sua, num remate de Clayton, colocado mas não muito forte. O mal estava feito. O segundo e o terceiro golo já não são culpa sua, mas Costinha não se livra de receber, esta tarde, o prémio do azar.

Patrocinados