Marcelo, presidente de um país membro da NATO e da UE, foi "dar a mão" à Ucrânia. E porque isso é o mais importante

CNN Portugal , BCE
23 ago 2023, 11:56

Politólogo João Pacheco considera que a visita do Presidente da República tem "maior expressão para a Ucrânia do que propriamente para Portugal"

A visita do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, à Ucrânia é "mais simbólica e expressiva" para Kiev do que para Portugal, argumenta o politólogo João Pacheco, em declarações à CNN Portugal.

"Esta visita tem sobretudo uma dimensão bastante simbólica do ponto de vista político e das relações internacionais entre os dois Estados, [porque] não deixa de ser um país da NATO e da UE a dar a mão à Ucrânia, que quer pertencer a estas organizações", afirma o politólogo, lembrando a insistência de Kiev para aderir à Aliança Atlântica.

O chefe de Estado português chegou esta quarta-feira à Ucrânia, onde fez uma primeira paragem em Bucha e depois em Moshchun, duas regiões massacradas e destruídas pelos ataques russos. Estas duas visitas não foram por acaso, teoriza o politólogo - constituem uma demonstração do "simbolismo" não só das relações bilaterais entre Portugal e Ucrânia, mas também das relações internacionais de um país membro da NATO e da União Europeia (UE).

Nesse contexto, "esta visita acaba por ter maior expressão para a Ucrânia do que propriamente para Portugal, desde logo porque a Ucrânia consegue uma nova atenção da comunidade internacional para o seu problema".

"É [uma visita] importante para as duas partes mas é sobretudo mais simbólica e expressiva para o povo e para o território ucraniano", sintetiza João Pacheco.

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