Tracking Poll: AD e PS partiram quase iguais mas Montenegro ganhou muito terreno

8 mar, 21:12
Pedro Nuno Santos  e Luís Montenegro no Debate entre os líderes dos partidos com assento parlamentar (Lusa/ José Goulão)d

AD esteve sempre à frente e chegou a ter uma grande vantagem. Chega começou bem mas foi perdendo gás

Partiram praticamente empatados, mas Aliança Democrática (AD) e Partido Socialista (PS) foram quase sempre afastando-se na Tracking Poll desenvolvida pelo IPESPE/ Duplimétrica para a TVI e a CNN Portugal.

No dia 24 de fevereiro a coligação que junta PSD, CDS e PPM partia com 23% e os socialistas tinham 22%, sem contar com a distribuição de indecisos. Havia, portanto, um ponto percentual a separá-los. Logo no dia seguinte percebeu-se uma tendência que se verificou durante grande parte dos dias: a AD a subir e o PS a estagnar ou até a descer.

Os pontos de maior diferença foram a 3 e 5 de março, quando a AD esteve oito pontos percentuais à frente do PS. A 5 de março obteve mesmo o melhor resultado, 30%, isto sem contar com a distribuição de indecisos. Foi, de resto, a única altura em que um partido conseguiu alcançar a barreira dos 30%.

A partir daí houve novo sobe e desce - o PS chegou a estar a quatro pontos percentuais - e a sondagem diária terminou com uma separação de cinco pontos percentuais, com a AD à frente. Veja abaixo a evolução da Tracking Poll.

Melhor ou pior, a sondagem acabou por evoluir de forma positiva para os dois maiores partidos. O mesmo não se pode dizer para o Chega. André Ventura chegou a acenar com algumas sondagens que o colocavam perto dos 20%, lembra-se? Chegou mesmo a dizer que podia vir a ser a segunda força política, na altura até admitindo que estava a ameaçar o posto da AD.

Mas afinal não deverá ser bem assim. É que, mesmo com a distribuição dos indecisos, o partido de André Ventura não deverá ir além dos 15%. Já sem a distribuição de indecisos, o ponto de partida da sondagem, o Chega foi claramente o que desceu mais - começou com 16% a 24 de fevereiro e terminou com "apenas" 12% no dia 8 de março. Em todo o caso, e como se esperava, será sempre um resultado melhor que o de 2022, quando teve 7,18%.

O Bloco de Esquerda e a Iniciativa Liberal foram os outros partidos com uma tendência descendente. Liderados por Mariana Mortágua, os bloquistas começaram com 5%, nunca subiram disso e foram oscilando com os 4%, valor com que terminaram.

Já os liberais, liderados por Rui Rocha, começaram com 6%, ainda chegaram a ter apenas 3%, mas acabaram por conseguir segurar-se nos 5%.

Já nas subidas, e além de AD e PS, apenas a CDU conseguiu acabar com um resultado melhor do que o inicial. A coligação liderada por Paulo Raimundo termina com 3%, acima dos 2% de 24 de fevereiro.

Já PAN e Livre tiveram uma Tracking Poll quase sempre constante. O partido de Inês de Sousa Real não saiu do 1%, enquanto Rui Tavares conseguiu manter-se nos 3%.

Nota ainda para os indecisos, que começaram por ser 18%, mas acabaram por ficar nos 14%.

Veja abaixo a evolução da Tracking Poll com distribuição de indecisos.

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