As estrelas que já estão nos courts a pensar na Austrália

5 jan 2016, 10:07
Novak Djokovic (Reuters)

Primeiro «major» está a duas semanas de distância. Djokovic está no Qatar, Serena em Perth, mas lesionada

A temporada do ténis arrancou com o primeiro «major» à distância de duas semanas. O Open da Austrália começa no dia 18 deste mês. Nesta altura, há seis torneios a decorrer sendo que são três os que estreiam cada calendário de 2016 – o masculino e o feminino.

Em rigor, são cinco os torneios em curso, pois, o de Brisbane, na Austrália, é o primeiro do ano que acolhe ambas as competições masculina e feminina. As distribuições de atletas pelos respetivos quadros refletem de certa maneira a importância de cada prova em questão.

Os Internacionais de Brisbane são de facto os mais cotados com o maior peso do torneio a ser dado pelo lado feminino. No masculino, é o torneio do Qatar que ganha maior importância entre três provas 250 do circuito ATP.

Dos seis
torneios a decorrer foram estes os cabeças de série de cada um, com a respetiva posição no ranking mundial (a ordem dos primeiros para os últimos das listas permite ver a colocação nos mapas e concluir em que fase da do torneios os tenistas poderão encontrar-se):

Torneios masculinos:


Open do Qatar
(1) Novak Djokovic, nº1
(8) Leonardo Mayer, nº35
(3) Tomas Berdych, nº6
(5) Feliciano Lopez, nº17
(7) Jeremy Chardy, nº31
(4) David Ferrer, nº7
(6) Andreas Seppi, nº29
(2) Rafael Nadal, nº5

Open de Chennai
(1) Stan Wawrinka, nº 4
(5) Guillermo García-López, nº27
(3) Benoit Paire (19)
(6) Gilles Müller, nº38
(8) Borna Coric, nº44
(4) Roberto Bautista Agut, 25
(7) Vasek Pospisil, nº39
(2) Kevin Anderson, nº12

Internacionais de Brisbane
(1) Roger Federer, nº3
(5) Gilles Simon, nº15
(3) Marin Cilic, nº13
(8) Dominic Thiem, nº20
(6) David Goffin, nº16
(4) Milos Raonic, nº14
(7) Bernard Tomic, nº18
(2) Kei Nishikori, nº 8

Torneios femininos:


Internacionais de Brisbane
(1) Simona Halep, nº2
(8) Roberta Vinci, nº15
(3) Maria Sharapova, nº4
(7) Belinda Bencic, nº14
(5) Timea Bacsinszky, nº12
(4) Angelique Kerber, nº10
Carla Suárez Navarro, nº 13
(2) Garbiñe Muguruza, nº3

Open de Shenzhen
(1) Agnieszka Radwanska, nº 5
(5) Johanna Konta, nº48
(3) Irina-Camelia Begu, nº 31
(7) Zarina Diyas, nº 52
(6) Eugenie Bouchard, nº 49
(4) Monca Niculescu, nº39
(8) Annika Beck, nº58
(2) Petra Kvitova, nº6

ASB Classic
(1) Venus Wiliams, nº7
(7) Barbora Strycova, nº42
(4) Svetlana Kuznetsova, nº 25
(6) CoCo Vandeweghe, nº 37
(8) Alison van Uytvanck, nº44
(3) Caroline Wozniacki, nº17
(5) Sloane Stevens, nº30
(2) Ana Ivanovic, nº16



O nº1 do mundo, Novak Djokovic, já entrou em ação em Doha, velocidade de cruzeiro, e pode já ansiar-se por um confronto com Rafael Nadal na final. O espanhol vem de ganhar o torneio de exibição de Abu Dhabi e já disse também estar em forma. A ver vamos o que acontece.

O que mais parece mais certo de tudo é que o sérvio é o alvo a abater
por todos depois do que terá sido o seu melhor ano de sempre. Djokovic está inabalável no nº1 do ranking de forma consecutivas desde julho de 2014 e o seu reinado
tem sido incontestado – e com 7.500 pontos (!) de avanço sobre Andy Murray (atualmente na Hopman Cup).

Será difícil para o sérvio fazer melhor, mas, além da sua competitividade, Nole tem o aliciante de este ser ano de Jogos Olímpicos, cuja medalha de ouro ainda não tem. Mais do que o ouro olímpico, só deverá haver um título que Djokovic quer mais do que tudo: ganhar em Roland Garros pela primeira vez. Motivação, por isso, não lhe faltará no ano em que faz 29 anos.

Neste arranque de época, o sérvio entrou em Doha com um duplo 6-2 frente ao alemão Dustin Brown em Doha. Com um prémio monetário de 200 mil dólares para o vencedor (184 mil euros), o Open do Qatar torna-se bem mais atrativo financeiramente neste início de época do que os outros torneios equivalentes em pontos, mas com prémios que nem chegam a metade para o vencedor – 70 mil euros em Chennai e 66 em Brisbane.



No lado feminino, os internacionais australianos não dão hipótese à concorrência de calendário pagando quase tanto como no Qatar. A vencedora em Brisbane ganhará 193 mil dólares (178 mil euros), assim como 470 pontos para o ranking. O que é muito diferente dos 100 mil euros de Shenzhen ou dos 40 mil euros no ASB de Auckland (ambos com 280 pontos para o ranking WTA).

Não estranha também que seja na Austrália que esteja Simona Halep, a nº2 do ranking mundial. A melhor jogadora de uma geração romena a ter em conta será uma das que poderão ameaçar o outro reinado
no ténis: o no feminino de Serena Williams. A norte-americana também está na Hopman Cup, mas falhou o primeiro encontro por se ter lesionado.

Serena conta ainda jogar em Perth e que esta lesão não lhe atrapalhe a preparação do primeiro grand slam do ano. É que, se vencer na Austrália, a nº1 do mundo iguala o recorde de Steffi Graf com 22 «majors». Também não faltam aliciantes a Serena.

A questão é quando começarão a faltar-lhe as pernas
. Serena faz 35 anos em 2016. É nº1 indiscutível há 150 semanas. E em 2015, o registo de vitórias-derrotas foi de 53-3. Mas apesar de ganhar muito teve de lutar muito também – em muitas, muitas vezes.

O arranque português irá acontecer no dia 11 em Auckland quando João Sousa começar a preparar o Open da Austrália como já fez no ano anterior. O tenista português será o 12º cabeça de série no torneio neo-zelandês e, com o lugar 33 do ranking, Sousa só espera por uma desistência para ser pré-designado em Melbourne.

Patrocinados