Taça: Sporting-FC Porto, 1-2 (crónica)

Nuno Travassos , Estádio José Alvalade, Lisboa
2 mar 2022, 23:08

O foguete de Sarabia acordou o Dragão

O foguete acordou o Dragão.

O FC Porto já tinha sido acordado com pirotecnia durante a madrugada, e o jogo de Alvalade teve de ser interrompido várias vezes por causa de tochas e petardos. Mas foi um foguete de Pablo Sarabia a despertar o Dragão.

O espanhol adiantou o Sporting no marcador, mas depois é que a equipa de Sérgio Conceição decidiu começar a fazer contas às canas. Para já está em vantagem, mais perto da festa do Jamor, mas a procissão está a meio.

A primeira parte teve mais pirotecnia do que remates à baliza.

O arremesso de tochas para o relvado (por parte das claques leoninas) obrigou a interromper o jogo mais do que uma vez, mas o que fechou verdadeiramente o jogo, na primeira metade, foi o encaixe tático das duas equipas.

Para isso muito contribuiu a estratégia adotada por Sérgio Conceição, com Uribe a aparecer quase como terceiro central, para controlar as movimentações de Paulinho, deixando Vitinha e Grujic para Ugarte e Matheus Nunes.

Com as linhas bem juntas, e apelando ao sacrifício de Fábio Vieira, Taremi e Evanilson, a formação azul e branca conseguiu condicionar a primeira fase de construção de jogo do Sporting. Só a capacidade técnica e a audácia de Porro é que permitiram que a equipa leonina se soltasse dessas amarras.

Foi assim que nasceu a melhor ocasião da primeira parte, que culminou com um remate de primeira de Matheus Nunes, que saiu ligeiramente ao lado (24m).

No início da segunda parte as claques leoninas voltaram a atirar tochas para o relvado, e isso, sem deixar de ser reprovável, acabou por influenciar a forma como o Sporting chegou à vantagem. É que Porro começou por cobrar um livre de forma direta, para defesa de Marchesín, mas Artur Soares Dias mandou repetir e à segunda o lateral espanhol meteu um passe rasteiro para a entrada da área, onde apareceu o compatriota Pablo Sarabia a lançar um “foguete” de pé esquerdo para o fundo da baliza de Marchesín (49m).

O Dragão acordou

Sérgio Conceição decidiu lançar João Mário, Otávio e Pepê, mas festejou o empate ainda antes de tirar Bruno Costa, Grujic e Fábio Vieira. Porro carregou Evanilson na área e Taremi restabeleceu a igualdade dez minutos depois do tento leonino (59m).

Cinco minutos depois o FC Porto deu a volta ao marcador, através de uma transição rápida de enorme qualidade, concluída com o calcanhar de Taremi a servir Evanilson.

Ruben Amorim deu o mote para a reação ao trocar Neto por Slimani, mas o FC Porto, com espaço, continuou a ser muito perigoso.

A equipa de Sérgio Conceição até esteve mais próxima do 3-1 do que propriamente de sofrer o 2-2. Otávio teve uma ocasião na cara de Adán, mas ao picar a bola por cima do guarda-redes acabou por falhar o alvo.

O Sporting acusou a reviravolta no marcador, e isso foi visível até em passes de central para central. Ainda assim viu Marchesín apelar aos reflexos para negar o golo do empate, na sequência de um lance de bola parada.

Embora sem comparação com os tristes episódios do duelo anterior, o jogo terminou com ânimos exaltados, uma vez mais, e a eliminatória ainda vai a meio.

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