Amorim: «O penálti tirou-nos completamente do jogo»

Nuno Travassos , Estádio José Alvalade, Lisboa
3 mar 2022, 00:00

Treinador do Sporting diz que a falta de Porro, que classificou como desnecessária, mudou o rumo do duelo com o FC Porto

Ruben Amorim, treinador do Sporting, analisa a derrota caseira com o FC Porto (1-2), na primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal.:

«Na primeira parte estivemos bem, criámos oportunidades. Houve jogadas em que podíamos ter criado mais perigo, mas houve precipitação. Depois, tal como frente ao Braga, marcámos um golo e fizemos um penálti desnecessário que colocou o Porto no jogo. Ficámos ansiosos, quisemos logo marcar outro golo, e acabámos por sofrer. Agora temos de marcar dois golos, pelo menos, e ganhar no Dragão.»

«O penálti tirou-nos completamente do jogo. Não foi por causa do árbitro ou não. A insatisfação é sempre dos dois lados, não vi assim nada de diferente. O penálti mudou completamente o jogo, que estava controlado. Na primeira parte fomos claramente a melhor equipa e estávamos por cima. Desligámos um pouco com o penálti e depois, com as mudanças, demorámos algum tempo a perceber os posicionamentos e a procurar os buracos que tínhamos de procurar com jogadores diferentes. O penálti tirou a calma que tínhamos mostrado até aí.»

[nos últimos dois jogos com o FC Porto o Sporting esteve em vantagem, mas não ganhou…] «Desta vez foi o penálti, da outra vez foi a expulsão do Coates. Foi muito claro, que isso mudou o jogo.»

[sobre o jogo mais direto no final] «Não tive essa noção, de que fizemos mais jogo direto depois do golo. Mudámos foi as características dos jogadores. Não quisemos mudar a nossa forma de jogar, mudámos as características dos jogadores.»

[sobre o menor rendimento na segunda parte, associado à entrada de dois jogadores que chegaram no mercado de inverno e que têm menos rotinas] «Teve esse feito. Se fossem as mesmas mudanças, com jogadores rotinados, seria mais fácil. Isto leva o seu tempo. A intensidade do jogo aqui é muito diferente, relativamente ao que o Edwards estava habituado. Vai ter tempo para se adaptar. A nossa forma de pressionar está bem assimilada no grupo, e quando há uma pequena dúvida, a pressão alta não funciona tão bem. Sabia que existia esse risco, mas decidimos assumir, eles têm de entrar em alguma fase. O Nuno Santos não estava a decidir muito bem, mas só saiu porque tinha uma dor. Há jogadores que, mesmo que não toquem bem na bola... O Nuno estava sempre a esticar o jogo e dá espaço entre linhas. Se não temos isso, temos de ajustar. Não correu claramente bem, pois a primeira parte foi melhor do que a segunda.»

[sobre a demora da equipa em encaixar após as substituições] «Demoraram, pois eram quatro a defender e três a atacar. A equipa não percebeu isso, a equipa estava muito ansiosa. O Matheus Reis então, estava muito ansioso. Demorámos um pouco a perceber as mudanças.»

«Cansaço? Não achei. Falámos aqui das nuances táticas, e às vezes as equipas correm menos quando estão bem taticamente. Não vi os dados, mas se calhar corremos mais na segunda parte. Isso não quer dizer que uma equipa que pressione melhor, corra mais.»

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