Olha, olha: por aqui outra vez?!

7 abr 2015, 10:09
Rio Ave vs Sp. Braga (LUSA)

No último ano Sp. Braga e Rio Ave habituaram-se a decidir acessos a finais. E a história tem sido diferente daquela nos jogos da Liga. À terceira como será ?

Quando, a partir das 20.15 desta terça-feira, os caminhos de Sp. Braga e Rio Ave voltarem a cruzar-se, dando início à discussão da segunda meia final da Taça de Portugal – a primeira já começou a ser discutida há um mês, no Nacional-Sporting (2-2), e terá a discussão fechada já nesta quarta-feira – será indisfarçável um certo sentimento de familiaridade entre as duas equipas. Afinal, com as decisões da Taça da Liga e da Taça de Portugal da época passada, esta será a terceira meia-final discutida pelos dois emblemas em pouco mais de um ano.

Os vídeos motivacionais das duas equipas:

Sp. Braga

Rio Ave


Se a isto juntarmos um embate para os quartos de final, na temporada 2009/10, que o Rio Ave venceu no desempate da marca dos 11 metros, então temos uma tradição recente que o Sp. Braga tentará inverter: embora os arsenalistas tenham um saldo histórico amplamente favorável nos jogos para o campeonato (20-12 em vitórias), nas provas a eliminar os vilacondenses têm sido consistentemente mais felizes.

Em fevereiro do ano passado, em Vila do Conde, o Rio Ave carimbou o passaporte para a primeira de duas finais numa temporada histórica. A vitória por 2-1 diante do Sp. Braga, consumada com golos de Hassan e Braga, foi pontuada por uma arbitragem mais do que polémica de Olegário Benquerença
, mas permitiu a Nuno Espírito Santo – suspenso nessa partida, tal como agora sucede com Sérgio Conceição, do lado bracarense - um primeiro grande momento de protagonismo, na caminhada rumo à Liga espanhola.



Jesualdo Ferreira era então o treinador de um Sp. Braga em crise, e acabou por não resistir a essa eliminação: dez dias depois desse jogo seria substituído por Jorge Paixão, no comando técnico dos minhotos. «Tiraram-nos uma final!», desabafou então,
em declarações à TVI.



Já sob a orientação de Jorge Paixão, no mês seguinte, o Sp. Braga voltou a decidir diante do Rio Ave a passagem à final. Depois de um empate (1-1) para a Liga, já com o Jamor no horizonte, a primeira mão do embate para a Taça terminou sem golos, adiando tudo para o estádio dos Arcos. A 16 de abril, no quarto jogo de 2014 entre as duas equipas que o Sp. Braga não conseguiu vencer, golos de Ukra e Rúben Ribeiro permitiram aos vilacondenses fazer novamente a festa.



E nos últimos três jogos... 7-0 para Braga


Muita coisa mudou desde esses jogos, como é sabido. A começar pelos técnicos: Nuno Espírito Santo trocou o Rio Ave pelo Valência, sendo rendido por Pedro Martins, e Sérgio Conceição foi o escolhido por António Salvador para liderar a renovação no Sp. Braga. Mas também pelas dinâmicas: se o Rio Ave está um pouco melhor do que há um ano por esta altura (mais seis pontos à 27ª jornada), a melhoria do Sp. Braga é muito substancial (mais 15 pontos). E isso ajuda a explicar que na época em curso os minhotos tenham vencido os últimos três confrontos – dois para a Liga e um para a Taça da Liga – com um parcial de 7-0.



Comparando os plantéis, em relação aos jogadores utilizados nas decisões da época passada, as alterações mais profundas são do Sp. Braga, que revolucionou a defesa (Eduardo, Miljkovic, Joãozinho, Paulo Vinicius e Nuno André Coelho deixaram o clube) e deixou de contar com referências em outros setores, como Custódio e Rusescu, apresentando um onze muito mais rejuvenescido. Já o Rio Ave, mesmo mudando de treinador e perdendo jogadores influentes como Alberto Rodriguez, Braga e Filipe Augusto, manteve quase inalterada a estrutura do seu onze base, o que leva Pedro Martins a acreditar numa repetição do desfecho de há um ano, mesmo com baixas importantes
, como Lionn, Marcelo e Hassan.

Já do lado do Sp. Braga, o presidente, António Salvador, acredita ser desta que os minhotos podem interromper um jejum de 17 anos sem ir ao Jamor: a última final foi em 1998, perdida para o FC Porto, por 3-1. Daí para cá, só a Taça da Liga, ganha em 2013, permitiu compor a sala de troféus do clube minhoto que, recorde-se, venceu uma edição da Taça de Portugal, em 1966, tendo ainda três finais perdidas, contra duas finais perdidas e nenhum título ganho para o emblema vilacondense.

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