Ruben Amorim: «Estarei cá para o Famalicão, Vitória e assim sucessivamente»

Nuno Dantas , Estádio Cidade de Barcelos
12 abr, 23:10

Técnico do Sporting diz que o jogo se tornou fácil e que foi uma noite quase perfeita

Rúben Amorim, treinador do Sporting, na sala de imprensa, após vitória por 4-0 frente ao Gil Vicente:

«Depois de estarmos num estádio onde fomos eliminados da Taça de Portugal por uma equipa da terceira divisão, num na muito abaixo do que queríamos, passando um ano estarmos a viver isto, este sentimento revela que o clube está saudável. É importante, mas não acabou e só peço o mesmo para Famalicão.

Entrámos na primeira parte com uma velocidade muito grande, pressionamos muito a saída do Gil Vicente, é uma equipa que gosta de jogar e fomos ganhando bola. Fomos criando situações, definimos bem e resolvemos o jogo na primeira parte. A segunda parte mais de gestão, podíamos ter tido mais qualidade, mas com tantas mexidas é normal baixar o ritmo. Também experimentamos algumas coisas e por isso acabou por correr bem.

Tínhamos uma ideia diferente de como ia jogar o Gil Vicente, esperávamos o Félix e o Murilo com mais velocidade na frente e começou uma equipa com mais toque de bola. O que nos permitiu só ter de preocupar com a profundidade do Depú, mas o resto dos jogadores conseguimos fazer uma pressão mais alta com mais tranquilidade.

[Amorim sempre a querer mais] É minha obrigação e tenho de fazer esse papel. Eu não me sinto nada com grande vantagem. Vejo a festa dos adeptos, mas eu sinto sempre aquele nervosismo que nada está feito e eu acho que a diferença de golos pode ser importante porque estamos empatados no confronto direto. Temos de fazer muitos golos porque em caso de empate em pontos, é a diferença de golos que vai dar o campeonato. Sinto que não podemos facilitar.

[tarja «fica Amorim»] Estarei cá para o Famalicão, depois com o Vitória, assim sucessivamente, nada mudou.

[possível manter o nível até ao fim?] O jogo resolveu-se rápido e tornou-se fácil. Conseguimos manter o nível, mas nem todos os jogos começam assim e temos de estar preparados para dias maus, como foi o caso do Rio Ave. Com tempo para preparar jogo conseguimos melhorar muita coisa, como a pressão, a definição, porque foi possível treinar.

[importância de um treinador sair pela porta grande quando termina um ciclo] Eu não terminei um ciclo e isso depende da característica de cada um. Todos os treinadores têm o seu timing e às vezes não tem a ver com a vida do clube. Tem a ver com o que os treinadores sentem e estou a falar de forma genérica, tal como a sua pergunta. Não sinto que acabei o ciclo, sinto-me com vontade e não há porta grande para sair porque estamos numa porta pequenina, que foi a época passada.

[jogo com o Famalicão] Este é o jogo que pode dar um passo muito importante para aquilo que falta. A gestão foi feita a pensar nisso. Temos um jogo muito difícil, num campo difícil para nós, com jogadores fortes fisicamente e tenho a certeza que os jogadores sente que é um jogo muito importante no campeonato.

[condição de Matheus Reis] Ele sentiu uma dor no último treino, foi avaliado e não me parece que vá estar apto nos próximos dois jogos. Temos de avaliar melhor porque está tudo muito fresco.

[papel do treinador perante a euforia?] É o papel de todos os treinadores, tentar equilibrar as coisas. Mesmo quando estamos mal o treinador deve ser o primeiro a querer influenciar o grupo e é das coisas que custa mais, nas derrotas estar com energia extra para levantar o grupo. Aqui é o contrário, todos contentes e relaxados e o treinador exigente em todos os momentos.

[foi uma noite perfeita?] As noites nunca são perfeitas, mas teve lá perto. Todos usufruímos mais do jogo, preparámos e ganhámos».

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