Amorim: «Tornámos Alvalade um campo difícil para os adversários»

Ricardo Gouveia , Estádio de Alvalade
21 abr, 23:53

Sporting-Vitória, 3-0 (reportagem)

Ruben Amorim, treinador do Sporting, em conferência de imprensa, depois do triunfo sobre o Vitória de Guimarães (3-0), no Estádio de Alvalade, em jogo da 30.ª jornada da Liga:

O que achou do novo equipamento? Ajudou a equipa a vencer esta noite?

- Isto agora todos os dias temos uma camisola nova, estamos a vender bem. Tudo no Sporting está a crescer e isso tem de ser sustentado com resultados. Toda a gente que trabalha nesse clube está a levar o clube para a frente.

Opção de St. Juste em detrimento de Eduardo Quaresma?

O St. Juste foi porque é rápido. Não sabíamos que não ia jogar o Jota Silva de início. Escolhemos as caraterísticas certas e acabou por correr bem.

O Sporting pode ir ao Dragão com mais 10, 9 ou 7 pontos do que o Benfica. Isso retira pressão para o clássico com o FC Porto?

- Vai ser sempre um jogo de pressão. O FC Porto vai entrar para ganhar e nós vamos entrar para ganhar. Vai haver sempre pressão.

O Morita jogou uma ligadura, algum problema físico? Foi por isso que jogou o Dani Bragança?

- O Morita levou uma pancada naquela zona, teve de usar uma ligadura, mas está apto para jogar. O Dani tem feito um trabalho incrível. Nos últimos dois jogos foi o Dani que jogou, mas antes foi o Morita, por isso é que equipa apresenta um nível alto.

Dificuldades para chegar ao primeiro golo? Que jogadores do Vitória é que destaca?

- Os jogadores do Vitória valem pela equipa que são. Pelo talento do Tiago [Silva], mas acima a capacidade de dar profundidade ao Jota. O Kaio, não sendo tão rápido, é um jogador habilidoso no controlo da bola. O Jota, que não jogou hoje de início, para mim, é o jogador mais perigoso do Vitória, mas estávamos preparados para isso. Demorámos muito tempo a entrar no jogo, não queríamos perder a bola, demorámos a bascular e perdemos velocidade. Demorámos um bocadinho, mas depois o Trincão aumentou a velocidade, o Pote acertou no posicionamento e crescemos. Tivemos as dificuldades diante de uma equipa que defende bem, mas que depois tem menos capacidade para chegar à frente. Foi isso que aconteceu neste jogo.

15.ª vitória, em casa, em quinze jogos, cinco dos quais, com mais de três golos marcados. Alvalade é uma fortaleza para o Sporting?

- O objetivo é ganhar em casa e fora, mas sentimos o ambiente em casa, o relvado é bom, o nosso balneário. Tudo é nosso e isso cria dificuldades aos adversários. Antes do jogo, os adversários já sabem que o Sporting marca muitos golos. O futebol é muito físico, mas também é mental. Tornámos Alvalade um campo difícil para os adversários pelos adeptos que temos.

Como viu a evolução do Dani Bragança, que chegou aos 100 jogos, esta época?

- A evolução depois de uma época em que esteve parado suscita mutas dúvidas sobre o rendimento que ia ter, mas a verdade é que desde a pré-época e a forma como terminou a época passada, mesmo sem jogar, deram-nos bons sinais. Esteve sempre muito bem, quando teve oportunidades agarrou-as sempre, jogando cinco ou dez minutos. Obviamente que ele tem de liderar  isso tem a ver com a confiança, e pela qualidade que está a demonstrar. Fez 100 jogos, mas já devia ter muitos mais, mas teve aquela época toda parada.

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