Noite Branca: «Concordância nas armas»

Redação , AB
20 out 2009, 22:07
Detido à entrada do Tribunal de Instrução Criminal do Porto (João Abreu Miranda/Lusa)

Pedro Camarinha revela que ainda «permanece a dúvida sobre quem terá dado o tiro fatal a Ilídio Correia»

Pedro Camarinha, inspector da Polícia Judiciária (PJ), que fez parte da equipa da procuradora Helena Fazenda - criada para investigar os crimes ocorridos na noite do Porto, em 2007 - disse esta terça-feira em Tribunal que houve «correspondência directa entre os prováveis autores do tiroteio no túnel da Ribeira» com o de Miragaia, ocorridos num curto intervalo de dias.

No processo em julgamento, cinco dos nove arguidos (Bruno Pinto «Pidá», Mauro Santos, Fernando Martins «Beckam», Ângelo Ferreira «Tine» e Fábio Barbosa «Suca») estão, segundo a acusação, implicados directamente no homicídio de Ilídio Correia, 33 anos, ocorrido em Novembro de 2007.

O tiroteio durante o qual morreu Ilídio Correia ocorreu em Miragaia e foi o culminar de vários confrontos entre o chamado gangue da Ribeira, liderado por Bruno «Pidá», e o gangue de Miragaia, dos irmãos Correia.

«É provável que tenha sido o mesmo indivíduo a fazer os disparos com a 7.65 quer na Ribeira como em Miragaia», destacou Pedro Camarinha, justificando que «não é normal a troca de arma», já que «os indivíduos tendem a ter a sua própria arma».

O inspector salientou, porém, que «não foi encontrada [nas buscas às várias residências dos arguidos] nenhuma arma a que pudessem ser imputados, sem margem para dúvida, os disparos», pelo que permanece a dúvida sobre quem terá dado o tiro fatal a Ilídio Correia.

A continuação do julgamento está marcada para a próxima quinta-feira, data em que serão ouvidos mais inspectores da PJ da equipa de Helena Fazenda.

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