Noite Branca: irmão da vítima identifica Pidá como homicida

Redação , AB
6 out 2009, 18:10
Julgamento do processo «Noite Branca»

Helder Correia contou em tribunal o que viu quando o irmão foi assassinado

O irmão mais novo do segurança Ilídio Correia, abatido a tiro no Porto em Novembro de 2007, testemunhou esta terça-feira que após os disparos identificou os arguidos Bruno Pidá, Mauro S. e Fernando Beckham junto ao local do crime.

«Ouvi os disparos e comecei a correr. Quando olho para cima vejo o Bruno, o Mauro e o Beckam», afirmou ao tribunal Hélder Correia, acrescentando ter visto «Bruno com uma arma na mão» e «a disparar», avança a Lusa.

O mais novo dos irmãos Correia, associados ao grupo de seguranças de Miragaia, lembrou alguns dos episódios que estarão na origem da divergência entre este grupo e o de seguranças da Ribeira, liderado por Bruno Pidá, e que terminaram na morte de Ilídio Correia.

Porém, a 25 de Agosto de 2007, Pidá, terá ido ao estabelecimento de diversão nocturna La Movida Beach onde estava «proibido de entrar» e no qual Ilídio Correia exercia as funções de segurança.

«Eles estavam proibidos de entrar. Armavam confusão e andavam armados dentro da discoteca», salientou Hélder Correia que «para evitar confusão» se dirigiu a Pidá dizendo-lhe: «vocês, vindo aqui, estão a faltar ao respeito».

Durante a sessão de julgamento, testemunharam agentes da PSP e PJ que estiveram nos vários locais onde decorreram alguns dos incidentes entre os dois grupos.

Neste processo, estão em julgamento nove arguidos, cinco dos quais (Bruno Pinto «Pidá», Mauro Santos, Fernando Martins «Beckam», Ângelo Ferreira «Tine» e Fábio Barbosa «Suca») terão tido implicação directa no homicídio do segurança de origem cabo-verdiana Ilídio Correia, de 33 anos.

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