Saiba tudo sobre o Euro aqui

Lar: proprietária diz-se «perseguida»

8 nov 2007, 23:31

Acusa a Segurança Social de tudo e fala em «provas forjadas»

A proprietária do lar ilegal que a Segurança Social encerrou terça-feira, em Campo, Valongo, considerou-se hoje «perseguida» por aquela instituição e o seu advogado entende que foram «forjadas» provas contra a sua constituinte, escreve a Lusa.

Ana Cristina passou a noite detida pela GNR, comparecendo hoje no Tribunal de Valongo, por volta das 14h30 e só de lá saindo cerca das 20h05, acusada de dois crimes de sequestro, um de burla e outro de coacção.

A juíza que a interrogou inibiu-a de explorar lares para idosos, obrigou-a a prestar uma caução de cinco mil euros e aplicou-lhe ainda o termo de identidade e residência.

Francisco Gama, o advogado de defesa de Ana Cristina, declarou-se surpreso com as acusações de que esta foi alvo. «Burla? Não percebo. Coacção? Também não percebo», comentou, concluindo que as provas apresentadas contra ela foram «forjadas» apenas para que o lar fosse fechado.

O causídico afirma que agora tentará reunir provas e «arrolar testemunhas» para garantir «a absolvição» de Ana Cristina.

Mal saiu do tribunal, a empresária dirigiu-se para o lar, que é também a sua residência, na Rua do Borbolhão, 411, Campo. Só aí aceitou prestar declarações, ao mesmo tempo que abria as portas do estabelecimento com o intuito de provar que oferece boas condições.

Ana Cristina guiou os jornalistas pela moradia, de três pisos, onde funciona o lar agora encerrado, mostrando quartos, camas próprias para acamados, cozinha, casas de banho, salas de estar e de jantar. Um dos aspectos que salta desde logo à vista é o asseio impecável e o bom estado das instalações.

«Se isto não são condições, o que são condições?». Ana Cristina desmente também a prática de maus tratos contra qualquer idoso, prometendo «ir até ao fim» na defesa da sua actividade.

Reconhece, porém, que o lar está ilegal, explicando: «Eu estava a tratar das coisas pouco a pouco, porque não há dinheiro para tudo».

A verdade é que a Segurança Social retirou do lar os iodos que lá se encontravam e encaminhou-os para outras instituições, nomeadamente, no Porto.

Relacionados

Patrocinados