Quarta vitória dos sub-16

5 jun 2000, 00:01

António Violante destaca a confiança da equipa

A confiança nas capacidades da equipa, aumentada com a ultrapassagem de obstáculos muito complicados, foi o grande trunfo da selecção nacional de sub-16 que em Maio se sagrou campeã da Europa no Chipre, sustenta o treinador António Violante. «A equipa foi trabalhada até onde foi possível, foi fazendo jogos, as coisas foram correndo bem e a confiança aumentou.» E foi isso que permitiu que nos quartos-de-final Portugal resistisse a um grande jogo da Alemanha para seguir em frente nos penalties ou que nas meias-finais e final, diante de Grécia e República Checa, recuperasse da desvantagem de um golo de diferença sem perder a cabeça. 

«Embora estejamos a falar de miúdos de 16 anos, eles não se desorientaram nos últimos dois jogos, apesar de estarem a perder. Acreditaram na equipa e não tentaram resolver as coisas cada um por si. Mantiveram a organização táctica e conseguiram dar a volta.» António Violante considera que o duelo com a Alemanha foi o jogo-chave da competição. «Aguentámo-nos bem com uma equipa que em muitos momentos do jogo foi superior. Alguns duelos individuais não correram bem para o nosso lado, mas nunca abdicámos de jogar como entendíamos, nunca nos remetemos à defesa.» 

Selecções sem oscilações de valor 

O treinador português aponta a Alemanha como exemplo para explicar alguns insucessos dos portugueses nos escalões jovens. «Se tivesse sido nossa adversária na fase de qualificação, o que era possível, uma vez que não há cabeças de série nos sorteios, podíamos até não estar na fase final. Estou na Federação desde 93 e em todas as Selecções com que já trabalhei não encontrei oscilações de valor superiores a dez por cento. Há sempre 20 ou 30 em bom plano, que dão garantias, depois podemos encontrar mais ou menos facilidades, há jogos que correm melhor que outros... A equipa que em 1999 venceu o Campeonato da Europa de sub-18 nem sequer tinha ido à fase final do Europeu de sub-16 dois anos antes», recorda. 

Curiosamente, entre os 18 jogadores que estiveram no Chipre não se encontrava um único do Benfica. «Os critérios de escolha são sempre os mesmos, são critérios de qualidade», esclarece António Violante, sem se pronunciar sobre os motivos que o levaram a julgar que no Benfica não existia essa qualidade.

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