«Não queremos falsas partidas», adverte Rui Caçador

29 ago 2000, 14:32

Estónia inspira cautelas aos técnicos nacionais O adjunto de António Oliveira lembrou pontos perdidos na Arménia e no Azerbaijão para trazer à evidência a necessidade de manter «o máximo rigor na Estónia». Além disso, recordou que frente a este mesmo adversário a qualificação para o Mundial-94 ficou comprometida...

Um discurso de avisos, bem ao jeito de Rui Caçador. O adjunto de António Oliveira na equipa técnica da Selecção A compareceu na sala de imprensa do Jamor na manhã de hoje (terça-feira) para recordar que «nos dois últimos apuramentos Portugal comprometeu qualificações em jogos na Arménia e no Azerbaijão». 

Com a Estónia pela frente no primeiro jogo da campanha para o Mundial 2002, a analogia é óbvia: «Trata-se de uma selecção báltica, de uma ex-república soviética e de uma escola que nos criou problemas do passado. Queremos começar sem falsas partidas e por isso exigimos a nós próprios o maior rigor. Não podemos dar facilidades.» 

Rui Caçador sublinha que «quem facilita tem surpresas desagradáveis» e acha que «é tempo de Portugal não perder mais pontos com equipas que em condições normais estão ao seu alcance». 

Focalizando a atenção no adversário de domingo, o técnico-adjunto da FPF lembrou o apuramento falhado para o último Mundial: «No Estádio da Luz precisávamos de vencer a Estónia por 4-0 e só conseguimos marcar três golos. Depois ficámos obrigados a ganhar em Itália...» 

Definida a base da posição dos treinadores portugueses, Caçador enumerou alguns dados que fazem da Estónia um adversário a ter em linha de conta: «Estamos muito bem informados. A Estónia tem grandes dificuldades a nível estrutural, mas mesmo assim subiu 50 lugares no ranking da FIFA e já está nos 100 primeiros. A Escócia, por exemplo, empatou com o nosso próximo adversário no último apuramento. Além disso, a Estónia tem um excelente guarda-redes, que joga no Derby County [Mart Poom] e já há seis anos mostrou contrá nós a sua categoria.» 

António Oliveira «pegou» na Selecção apenas no início deste mês. Rui Caçador admite que «com o passar do tempo tudo será aperfeiçoado» em termos de métodos de trabalho, mas frisa que há condições para tudo correr bem desde já: «Eu tenho um conhecimento profundo da orgânica do departamento, José Romão tem uma experiência e umas qualidades inquestionáveis e António Oliveira tem o currículo que todos conhecem e inclui títulos de campeão nacional.»

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