Figo embaixador da UNICEF para «chamar a atenção das pessoas importantes»

15 abr 2002, 17:26

Jogador assinou esta manhã o compromisso O médio falou dos problemas «inaceitáveis» que ainda existem na nossa sociedade no séc. XXI, numa cerimónia que reafirmou a sua popularidade.

Luís Figo tornou-se nesta segunda-feira embaixador do Comité Português para a UNICEF. O internacional português disse que estava muito honrado com o seu novo compromisso e mostrou-se disponível para ajudar a instituição no que for necessário para «resolver alguns dos problemas da nossa sociedade».

Na cerimónia de assinatura do protocolo o jogador manifestou a esperança de que o seu contributo possa ajudar a «chamar a atenção das pessoas importantes que governam o país e das grandes instituições para muitas situações inaceitáveis, que hoje em dia, no séx. XXI, ainda existem».

Figo ouviu quatro crianças falar da sua experiência. A Cláudia, de Cabo Verde, contou que no seu país «muitas crianças não vão à escola», a Sandra falou de Angola, onde muitas crianças «ficaram sem pernas e sem braços», para dizer que está «muito contente porque agora dizem que a guerra acabou». O Leozo falou da Guiné, o Zé Maria de Portugal, para dizer que gostava muito de futebol e de Figo.

O jogador diz que ficou sensibilizado com os testemunhos. «Na nossa sociedade só quando te toca algum ser próximo é que sentes mais directamente os problemas que existem. Ao ouvirmos estas crianças lembramo-nos que muitas não têm oportunidade para ter um futuro risonho», afirmou, acrescentando que o seu novo papel pode ser complementar ao da Fundação que criou.

Figo só conseguiu falar à imprensa depois de assinar dezenas de autógrafos, ainda na sala onde decorreu a cerimónia, que contou com a presença de várias personalidades ligadas à UNICEF, e ainda do piloto Pedro Couceiro, também embaixador da instituição. Já para entrar na sala não tinha sido fácil. Figo subiu todas as escadas de acesso ao piso do Centro Cultural de Belém onde decorreu a cerimónia com um jornalista japonês «pendurado», de gravador em punho, para arrancar ao jogador as primeiras palavras do dia.

Numa ocasião em que falava dos problemas do mundo, Figo comentou também a situação no Médio Oriente. Ou Oriente Médio, como disse o português, por «simpatia», uma vez que a questão foi colocada por um jornalista espanhol. «Tanto eu como todo o mundo tem preocupações em relação ao que se passa no Oriente Médio. Sofremos com o que se está a passar e o meu pensamento é que as coisas se resolvam o mais rapidamente possível.»

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