Líder do Irão diz que guerra na Ucrânia foi criada pelo "regime da máfia" dos EUA

1 mar 2022, 11:29
Ali Khamenei (Associated Press)

Irão quer que guerra termine, mas garante que a Ucrânia foi vítima do regime norte-americano, que se intromete nos assuntos das outras nações

O líder supremo do Irão, o aiatola Ali Khamenei, diz que o conflito na Ucrânia foi criado pelo "regime da máfia" dos EUA. Expressando o seu desejo de que a guerra termine, Khamenei diz que o mundo precisa de aprender o que o apoio das nações ocidentais e dos EUA pode causar, como são exemplo, diz, os casos da Ucrânia e do Afeganistão.

De acordo com a Al Jazeera, Khamenei considera que o “regime da máfia” dos EUA é o criador de várias crises no mundo, incluindo a criação do Estado Islâmico, e especialista em intrometer-se nos assuntos de outras nações, forçando mudanças de regime.

“Somos a favor do fim da guerra na Ucrânia", afirmou o líder supremo esta terça-feira, acrescentando que a crise só pode ser aliviada se se conhecer o "problema de raiz", o que para o aiatola são as políticas das potências ocidentais.

Para Ali Khamenei, que discursou ao longo de uma hora sobre o atual conflito sem mencionar a Rússia uma única vez, a Ucrânia foi “vítima” de tais políticas e foi arrastada para a situação atual, o que é um exemplo, refere, de porque não se pode confiar no Ocidente.

“O apoio dos governos ocidentais a administrações e políticos que foram instalados por eles é uma miragem”, afirmou, dando como exemplo a retirada do Afeganistão das forças ocidentais lideradas pelos EUA, em agosto passado.

O líder supremo do Irão disse ainda que se o povo ucraniano tivesse apoiado totalmente o seu governo, não estariam onde estão hoje.

O presidente russo, Vladimir Putin, justificou, na semana passada, que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.

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