Criação da brigada de mísseis, que podem ser equipados com ogivas nucleares, é a resposta de Moscovo à entrada dos finlandeses na NATO
A Rússia instalou nas últimas semanas uma brigada de mísseis Iskander na República da Carélia, região russa que faz fronteira com a Finlândia.
Esta nova brigada de mísseis faz parte do recém-criado Distrito Militar de Leninegrado, e foi constituída em resposta à entrada da Finlândia na NATO.
"A decisão de criar a brigada de mísseis foi muito oportuna. Trata-se de uma resposta adequada à adesão da Finlândia à NATO", disse ao portal russo Izvestia o antigo comandante da Frota do Báltico da Marinha Russa, Vladimir Valuyev.
O 9K720 Iskander-M, que entrou ao serviço das forças russas em 2006, é um míssil balístico de curto alcance, conseguindo atuar num raio de 500 quilómetros, e pode ser equipado com ogivas nucleares de até 680 quilos.
Este míssil, utilizado pela primeira vez em combate durante a invasão russa da Geórgia, em 2008, foi posteriormente usado durante a guerra civil na Síria e a Segunda Guerra no Nagorno-Karabakh, em 2020, e durante a atual guerra na Ucrânia.
A Finlândia tornou-se membro da NATO no dia 4 de maio de 2023. O governo de Helsínquia, então liderado pela primeira-ministra Sanna Marin, pediu formalmente a adesão à organização no dia 18 de maio de 2022 em resposta à invasão russa da Ucrânia, desencadeada quase três meses antes.