Os cinco pontos principais da manhã do quinto dia de guerra na Ucrânia

28 fev 2022, 16:21

Rússia ameaça fechar espaço aéreo, uma adesão espontânea à União Europeia, um desastre económico e dois episódios de guerra

No dia em que Ucrânia e Rússia se sentam à mesa para tentarem chegar à paz, o mundo acordou esta com o quinto dia de guerra, com as tropas russas a tentar avançar, mesmo perante a forte resistência de cidades como Kiev. Das primeiras consequências económicas a muitas movimentações políticas e militares, há vários factos a reter de mais uma manhã no leste da Europa.

1. Rússia reagiu ao encerramento do espaço aéreo na Europa na mesma moeda, e anunciou o fecho do seu espaço aéreo para 36 países, entre os quais está Portugal.

"O princípio orientador será a reciprocidade e os nossos interesses estarão na linha da frente", disse o porta-voz do Kremlin.

2. A União Europeia mostrou-se disponível para acolher a Ucrânia como Estado-membro. Ursula von der Leyen disse que aquele país "é um de nós", dizendo que merece pertencer à organização. Em resposta, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu que a adesão se efetivasse de imediato, através de um "procedimento especial". Mas, de acordo com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, nem todos os 27 estão de acordo. Ao início da tarde, Zelensky assinou mesmo formalmente o pedido de adesão à União Europeia.

"Tantos assuntos em que trabalhamos juntos e, de facto, eles pertencem a nós. Eles são um de nós e nós queremos que eles entrem na UE", afirmou Ursula von der Leyen.

3. Bolsa fechada, rublo desvalorizado e corrida aos bancos. Esta segunda-feira fazem-se sentir de forma mais intensa as sanções económicas aplicadas à Ucrânia. A bolsa de Moscovo nem sequer abriu, com medo de um crash, e o rublo chegou a desvalorizar na ordem dos 40% em relação ao dólar. Perante tudo isto, milhares de russos acorreram aos bancos para tentarem levantar dinheiro, de preferência na moeda norte-americana.

4. Um grupo de 400 mercenários tem uma missão específica: matar o presidente ucraniano e outros oficiais daquele país. De acordo com o jornal Times, são assassinos que estão em Kiev em serviço do Kremlin.

5. Um dos ataques mais fortes desta segunda-feira foi na cidade de Kharkiv, a segunda maior cidade ucraniana, que registou 11 mortos, todos civis, na sequência de vários bombardeamentos.

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