Von der Leyen quer a Ucrânia na UE: "É um de nós", Zelensky pede adesão imediata

28 fev 2022, 08:49
Ursula Von der Leyen (Getty Images)

Presidente ucraniano diz que o seu país merece fazer parte da Europa dos 27 e que "é justo" que tal aconteça

A presidente da Comissão Europeia quer que a Ucrânia faça parte da Europa dos 27. A vontade foi partilhada em entrevista à Euronews, depois de a UE ter aprovado um pacote de 450 milhões de euros para armar o exército ucraniano.

"Tantos assuntos em que trabalhamos juntos e, de facto, eles pertencem a nós. Eles são um de nós e nós queremos que eles entrem na UE", afirmou Ursula von der Leyen.

 

 

Nas últimas horas, a presidente da Comissão Europeia tem enaltecido a luta da Ucrânia contra a invasão russa, nomeadamente a liderança do seu presidente, Volodymyr Zelensky, "a sua coragem", e ainda a "resiliência do povo ucraniano", que diz serem "uma inspiração para todos".

Von der Leyen não adiantou, contudo, na entrevista se este desejo de integrar a Ucrânia partiu de Zelensky, que nos últimos dias contactou todos os chefes de Estado europeus, como foi o caso de Marcelo Rebelo de Sousa.

Já esta segunda-feira, num vídeo dirigido à nação e ao mundo, o presidente ucraniano pediu à UE que o seu país possa aderir de imediato à Europa dos 27, ao abrigo de um procedimento especial, uma vez que está sob invasão da Rússia.

"O nosso objetivo é estar com todos os europeus e, mais importante, ser um deles. Tenho a certeza que isso é justo. Tenho a certeza que o merecemos", afirmou.

Na entrevista à Euronews, a presidente da Comissão Europeia lembrou, por exemplo, que as partes já têm "uma cooperação muito estreita na rede de energia" e que a Ucrânia já está integrada no mercado único.

Sobre as negociações de paz entre a Ucrânia e a Rússia esperadas para esta segunda-feira, Von der Leyen diz que "é importante que o lado ucraniano concorde com estas conversações e com as condições", porque "é sempre melhor negociar a paz do que ter uma guerra".

No entanto, a presidente da Comissão Europeia lembrou que "a confiança no presidente Putin está completamente quebrada".

 

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