A economia russa está hoje a ser fortemente penalizada pelas as sanções impostas pela generalidade dos países ocidentais
A moeda russa, o rublo, atingiu um mínimo histórico face ao dólar e chegou a desvalorizar mais de 30%, tendo atingido uma cotação em que seriam precisos 109 rublos para comprar um dólar. O banco central foi obrigado a uma enorme mexida nos juros e subiu a sua principal taxa diretora de 9,5% para 20%. Ainda para travar a queda da moeda, o banco central russo impôs uma série de restrições à venda de ativos e forçou às empresas exportadoras que convertessem em rublos a maior parte das suas receitas em moeda estrangeira. Na bolsa o cenário não foi diferente e o início da sessão, que começou por ser adiado, acabou por ser cancelado por completo.
No sábado, depois de durante a semana passada já terem sido anunciadas várias sanções à economia russa, Estados Unidos, União Europeia, Reino Unido e Canadá anunciaram que expulsariam alguns bancos russos da SWIFT, um serviço global de mensagens financeiras, e "paralisariam" os ativos do banco central da Rússia.
Mas as consequências económicas da invasão russa não se fizeram sentir apenas naquele país. Depois de as bolsas asiáticas terem encerrado a primeira sessão da semana em terreno positivo, na Europa os mercados abriram em forte queda e mantinham-se no ‘vermelho’ ameio da sessão.
Nas matérias primas, o petróleo, que chegou a tocar nos 105 dólares por barril na semana passada, acabaria a semana abaixo da barreira dos 100 dólares, mas hoje voltou a ultrapassar esse referencial e negociava acima dos 102 dólares por barril. Já o ouro, um ativo de refúgio em tempos de incerteza, negociava hoje em alta acima dos 1.900 dólares por onça. E a procura pelos títulos da dívida pública das principais economias levava a um alívio nas suas taxas de juro.
