Rússia vai retaliar contra sanções à aviação e diz que entrega de armas da UE à Ucrânia é perigosa

28 fev 2022, 11:03
Vladimir Putin

De acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a Rússia vai responder da mesma forma, já "tem um plano" e "está em curso"

O Kremlin acaba de reagir às últimas decisões da comunidade internacional relativamente à invasão da Ucrânia, garantindo que vai retaliar contra as sanções à aviação.

Num dia marcado pelo encontro entre a Ucrânia e a Rússia para conversações de paz, o Kremlin diz que Vladimir Putin vai dedicar o dia de hoje aos "assuntos económicos", nomeadamente a impossibilidade de sobrevoar o espaço aéreo da União Europeia.

De acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a Rússia vai responder da mesma forma a estas sanções, já "tem um plano" e "está em curso".

"O princípio orientador será a reciprocidade e os nossos interesses estarão na linha da frente", disse em videoconferência de imprensa.

Relativamente ao financiamento europeu para armar o exército ucraniano, o Kremlin acusa a União Europeia de "comportamento hostil", considerando que esta ajuda é "perigosa", "desestabilizadora" e "prova que a Rússia tinha razão nos esforços para desmilitarizar a Ucrânia".

Quanto às baixas russas em solo ucraniano ou ao anúncio de Putin sobre a colocação em alerta das forças de dissuasão, Dmitry Peskov recusou responder.

Relativamente à situação económica da Rússia, o Kremlin admitiu que "a realidade económica mudou", mas que não via razão para duvidar "da eficácia e confiabilidade do banco central", que aumentou as taxas de juro para 20% de modo a proteger a economia de "sanções ocidentais sem precedentes".

Peskov indicou ainda que Putin vai ter várias reuniões durante o dia, incluindo com o ministro das Finanças e o governador do banco central russo.

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