Mais de 400 mercenários russos com ordens do Kremlin para assassinar presidente ucraniano

CNN Portugal , HCL
28 fev 2022, 04:13
Zelensky recusa-se a negociar paz em Minsk

Notícia foi avançada pelo jornal britânico Times esta segunda-feira. O objetivo é decapitar o governo de Kiev

Mais de 400 mercenários russos estão a operar em Kiev com ordens do Kremlin para assassinar o presidente Zelensky e membros do seu governo, preparando o terreno para que Moscovo assuma o controlo da Ucrânia, noticia o jornal britânico Times.

O Grupo Wagner, uma milícia privada dirigida por um dos aliados mais próximos do presidente Putin e a operar como um braço do Kremlin, trouxe mercenários da África há cinco semanas numa missão para decapitar o governo de Zelensky em troca de um bónus financeiro.

Informações sobre a missão dos mercenários chegaram ao governo ucraniano na manhã de sábado e horas depois, Kiev declarou uma ordem de recolher obrigatório de 36 horas para varrer a cidade em busca de sabotadores russos, alertando os civis que corriam o risco de serem “liquidados” se forem vistos nas ruas da capital.

A notícia surge depois da Ucrânia ter iniciado este sábado um processo contra a Rússia no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ)), acusando Moscovo de planear um genocídio e apelando a uma intervenção para travar a invasão e ordenar à Rússia que pague indemnizações.

O caso aberto por Kiev no mais alto tribunal das Nações Unidas, com sede em Haia, pede a adoção de "medidas provisórias" e que se ordene a Moscovo que "suspenda imediatamente as operações militares" que foram lançadas a 24 de fevereiro, indicou a instituição.

A Rússia iniciou a sua invasão da Ucrânia com base em "falsas alegações" de atos de genocídio nas regiões de Luhansk e Donetsk, no Donbass, no leste da Ucrânia, alega Kiev no processo, em que acusa, por seu turno, Moscovo de planear atos genocidas na Ucrânia.

A Ucrânia "nega veementemente que o genocídio tenha ocorrido nas regiões do leste" e diz que apresentou o caso "para que fique provado que a Rússia não tem base legal para tomar medidas dentro e contra a Ucrânia com o propósito de prevenir e punir qualquer suposto genocídio", referiu o tribunal em comunicado.

O tribunal, criado em 1946 para resolver disputas entre Estados, vai marcar uma audiência para ouvir o pedido de medidas provisórias, mas não especificou uma data.

As sentenças do Tribunal Internacional de Justiça são vinculativas e sem apelo, mas o tribunal não tem meios para forçar a sua execução.

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