"Aquilo que eu pretendo é brincar", disse Rio ontem. E hoje continuou a gracejar com António Costa

Agência Lusa , DCT
17 jan 2022, 19:23
Rui Rio sobre efeito do pedido de condenação a José Silvano na campanha: "Não me parece que prejudique"

Em causa está o facto de o Carlos Moedas se ter juntado à campanha

O presidente do PSD teve esta segunda-feira o apoio do recém-eleito presidente da Câmara de Lisboa numa ação de campanha em Lisboa, com Carlos Moedas a falar “em momento de união” do partido e em “dinâmica de mudança”. Depois de ter ironizado com o voto antecipado de António Costa - publicação feita no Twitter que foi alvo de crítica por parte dos partidos opositores -, Rui Rio brincou agora com a presença de Carlos Moedas, que disse que estava prevista, e, em tom bem-disposto, considerou-a normal. “Claro que foi fácil convencê-lo. Estava à espera que fosse apoiar António Costa?”, gracejou. Ontem, Rio defende-se assim da polémico sobre o voto antecipado: “Aquilo que eu pretendo é brincar. Não têm sentido de humor? Têm de ter sentido de humor.” 

E à pergunta se esta mobilização afasta a ideia de que “não se sente bem em Lisboa”, o presidente do PSD recusou este argumento. “Alguém que se candidata a primeiro-ministro sente-se bem desde a ilha do Corvo, passando por Vila Real de Santo António a Valença. Eu sou candidato a primeiro-ministro, presidente da Câmara do Porto já fui”, afirmou.

Já Carlos Moedas - que fez questão de salientar estar na iniciativa como militante do PSD e não como presidente da Câmara - considerou que a mobilização do PSD na rua mostra “uma dinâmica de mudança e que as pessoas estão cansadas do sistema”. “Sinto na rua o que já sentia como candidato à Câmara Municipal de Lisboa: que as pessoas querem essa mudança e sobretudo o projeto para o país que o PSD tem. É por isso que estou aqui a apoiar Rui Rio e o PSD, temos de mudar”, justificou Moedas.

Questionado se voltará a aparecer na campanha eleitoral para as legislativas antecipadas de 30 de janeiro, Moedas respondeu afirmativamente, quer ao lado do cabeça de lista pela capital Ricardo Baptista Leite, quer do presidente do PSD.

“Vou ver se, pelo menos no dia final, a minha agenda permite sair de presidente de Câmara umas horas para ser militante do PSD, que tem sempre o meu apoio”, adiantou.

O nome de Moedas - que apareceu a meio da iniciativa - já tinha sido evocado no início, quando o dono de uma conhecida cervejaria da zona tentava convencer Rui Rio a comer um croquete, sem sucesso. “O Moedas veio aqui comer um croquete e uma imperial e ganhou a câmara”, avisou, recebendo do presidente do PSD a promessa de que assim fará, mas só em caso de vitória em 30 de janeiro.

Além de Carlos Moedas e do cabeça de lista Ricardo Baptista Leite, marcaram também presença na arruada a candidata do PSD à Câmara da Amadora, Suzana Garcia, vários dirigentes do partido, como Joaquim Sarmento ou Isabel Meirelles, o histórico militante Pedro Roseta e a filha, Filipa Roseta, ou o antigo chefe da Casa Civil de Cavaco Silva, Nunes Liberato, além de vários deputados e figuras do PSD/Lisboa.

A tradicional ‘arruada’ do PSD na Avenida da Igreja, em Lisboa, foi esta segunda-feira muito participada, mas também muito confusa, e sem que fosse possível manter qualquer distanciamento social entre apoiantes ou comunicação social, que tentava ouvir (sem sucesso) os contactos de Rui Rio com as pessoas na rua ou com alguns comerciantes.

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