"Neste momento, o PSD para ser poder só lhe falta mesmo o Governo", lembra Rio

26 nov 2021, 13:38

O ainda presidente social-democrata revelou que considera que Paulo Rangel "não tem condições" para ser primeiro-ministro e garante que se perder as eleições diretas, abandona a vida política

A um dia das eleições diretas no PSD, Rui Rio considera que é único candidato social-democrata capaz de vencer António Costa nas legislativas e de formar Governo.

Aos críticas internos e externos, o atual presidente do PSD lembra que só nos últimos quatro anos o partido manteve o Governo Regional da Madeira, recuperou o Governo Regional dos Açores, foi o primeiro a apoiar o Presidente da República em funções, reconquistou a "principal Câmara Municipal do país" (Lisboa) e recuperou uma série de capitais de distrito.

Realçando ainda que "nas últimas eleições autárquicas, tirando 2001, o PSD deve ter tido o melhor resultado de sempre em termos de recuperação”.

"Neste momento, o PSD para ser poder só lhe falta mesmo o Governo", conclui Rui Rio.

 

Rui Rio lembra ainda que Paulo Rangel "não tem condições" para ser primeiro-ministro nem para derrotar António Costa, nas legislativas de 30 de janeiro, acrescentado que, em caso de vitória nas diretas, será o candidato com melhores hipóteses

“Os portugueses não olham para alguém, durante um mês ou dois, e dizem: olha que jeitoso, este é que eu quero como primeiro-ministro. Isto não existe! É preciso um tempo e com isto eu também não estou a dizer que ganho as eleições de 30 de janeiro”, teoriza o candidato à liderança do PSD.

Quanto às diretas sociais-democratas, Rio confessa que a "expectativa é ganhar", considerando que existem "três patamares que vão decidir: os portugueses, os militantes do PSD e do aparelho partidário".

O candidato diz que o "adversário tem a maioria do aparelho partidário", mas que ele, Rio, reúne "a maioria dos portugueses" a seu favor. Para o ainda presidente do partido "aquilo que vai decidir o resultado é se os militantes estão mais de acordo com o pensamento dos portugueses ou mais de acordo com a lógica partidária".

Perante as críticas de falta de agressividade feitas por Paulo Rangel, Rio explica que este tipo de oposição faz com que os portugueses entendam que "o líder do PSD pode ser o primeiro-ministro de Portugal". Reiterando, que "alguém que quer ser primeiro-ministro tem de se comportar como quase sendo primeiro-ministro e não é aos gritos contra tudo e contra todos".

“O meu adversário diz que fazia uma coisa feroz, uma agressividade brutal e que dava cabo do dr. António Costa… Já anda nesta coisa há um mês e tal, já viu alguma coisa? Deu cabo do António Costa? Ouviu alguma coisa? Ouviu-o atacar-me mais a mim”, ironiza o atual presidente do PSD.

 

Rio recusa Bloco Central

Rui Rio garante que não vai formar um bloco central com o PS, nas próximas eleições, mas lembra que caso vença a ida às urnas sem uma maioria absoluta será obrigado a dialogar com o resto dos partidos para que o PSD possa formar Governo.

“Se vamos a eleições democráticas, então depois há um dia em que sai o resultado. Compete a um democrata respeitar ou não respeitar esse resultado. Se eu digo que vou a eleições, mas se não ganhar não colaboro com ninguém. Eu acho isto antidemocrático, não vejo lógica nenhuma e é isto degrada a posição dos partidos diante da opinião pública. A opinião pública tem razão. Os partidos existem para cuidar do país ou existem para andar a dizer mal uns dos outros?”, questiona.

Se perder as diretas, Rio abandona política

Em caso de derrota nas eleições diretas, Rui Rio diz que abandona a vida política. Como já havia referido anteriormente, o ainda presidente social-democrata olha para estas legislativas como a última oportunidade de poder vir a ser primeiro-ministro de Portugal.

No entanto, confidencia à CNN Portuga que se ganhar ficará "contente", mas se perder diz que lhe "saem de cima de cima das costas 200 quilos”.

“Ganhar as eleições e ser primeiro-ministro não é uma vaidade, é uma responsabilidade”, culmina Rui Rio.

 

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