Wall Street Journal revela que Abramovich e negociadores ucranianos estão com sintomas de envenenamento

Cláudia Évora , Notícia atualizada às 19:06
28 mar 2022, 16:33

Sintomas incluem olhos vermelhos, lacrimejar constante e doloroso, descamação da pele na zona do rosto e mãos

O oligarca russo Roman Abramovich e outros negociadores ucranianos apresentaram sintomas que podem indiciar uma tentativa de envenenamento. A notícia está a ser avançada pelo The Wall Street Journal (WTJ). A indisposição terá surgido depois de uma reunião em Kiev, na Ucrânia, no início deste mês.

De acordo com o mesmo jornal, que cita fontes familiarizadas com o tema, os sintomas passavam por olhos vermelhos, lacrimejar constante e doloroso e descamação da pele na zona do rosto e mãos. Em causa estão o dono do Chelsea e pelo menos dois outros negociadores seniores da equipa ucraniana. 

Uma outra fonte disse ao The Guardian que Abramovich "perdeu a visão durante várias horas" e terá sido "tratado na Turquia". O jornalista Shaun Walker partilhou essa informação no Twitter. 

Esta suspeita de envenenamento está a ser apontada a Moscovo como tentativa de sabotar as negociações de paz, mas até ao momento o Kremlin não fez qualquer comentário quanto a estas acusações.

O WSJ explica ainda que os sintomas já terão melhorado, mas que continua por explicar a origem dos mesmos - se se tratou de um agente biológico, químico ou um produto radiotivo. Nenhum dos afetados corre perigo de vida. 

No entanto, a Reuters avançou, entretanto, que um oficial dos Estados Unidos confirmou, em anonimato, que o mal-estar sentido pelo oligarca russo e pelos negociadores ucranianos foi provocado por um "fator ambiental" e não por envenenamento. Esta fonte cita os serviços de inteligência norte-americanos. 

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também terá participado neste encontro em Kiev, não tendo sido afetado por este alegado envenenamento.

Abramovich, que formalmente ainda é proprietário do clube de futebol londrino Chelsea (o clube vai ser vendido), está entre os vários milionários que foram incluídos na lista de sanções da União Europeia e do Reino Unido e que viu vários bens serem apreendidos, entre os quais iates e bens de luxo. O Canadá e a Austrália também decidiram impor-lhe sanções pela sua proximidade ao Kremlin.

O oligarca russo continua em parte incerta. Sabe-se apenas que o iate Solaris, que lhe tem sido atribuído, está atualmente atracado no porto de Bodrum, na Turquia. 

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