Roman Abramovich na lista de sanções do Reino Unido

10 mar 2022, 09:30
Roman Abramovich

Oligarca russo enfrenta agora uma proibição de negócios com indivíduos ou empresas do Reino Unido e proibição de viagem

O Reino Unido juntou Roman Abramovich à sua lista de sanções, apesar de o oligarca russo ter ficado de fora das sanções individuais impostas pela União Europeia.

“Não pode haver refúgios seguros para aqueles que apoiaram o violento ataque de Putin à Ucrânia”, afirmou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, acrescentando que "as sanções de hoje são o último passo no apoio inabalável do Reino Unido ao povo ucraniano". "Seremos implacáveis na perseguição daqueles que permitem a morte de civis, a destruição de hospitais e a ocupação ilegal dos aliados".

O dono do Chelsea, que tem agora os bens congelados, enfrenta também uma proibição de negócios com indivíduos ou empresas do Reino Unido e proibição de viagem. A porta-voz de Roman Abramovich disse à Reuters que ainda não pode comentar o anúncio das sanções. 

O governo vai manter ainda a licença do Chelsea sob revisão constante, sendo que o clube não pode ser vendido nem negociar jogadores. A ministra do Desporto do Reino Unido, Nadine Dorries, afirmou que o governo está a trabalhar arduamente "para garantir que o Chelsea Football Club e o futebol nacional não sejam prejudicados desnecessariamente por estas sanções importantes".

Ou seja, o clube poderá continuar a disputar jogos, os salários poderão continuar a ser pagos e os detentores de lugares anuais poderão continuar a assistir aos encontros.

Leia também: Roman Abramovich, o bilionário de origens humildes e próximo alvo de Bruxelas

Além de Abramovich, o Reino Unido decidiu congelar também os bens dos empresários russos Igor Sechin, Oleg Deripaska e Dmitri Lebedev.

O nome de Roman Abramovich entrou pelas casas dos europeus em 2003, com a aquisição do Chelsea e subsequente investimento no clube londrino, que conquistou cinco títulos da Premier League, cinco Taças de Inglaterra, mas, sobretudo, duas Ligas dos Campeões durante o seu reinado, que está agora prestes a terminar ao fim de 19 anos, um dano colateral da invasão russa à Ucrânia.

O bilionário russo já anunciou publicamente que pretende sair do Chelsea, mas ainda é o proprietário do clube inglês, tendo-se comprometido a doar o lucro da venda do Chelsea às vítimas da guerra na Ucrânia, através de uma fundação criada para o efeito. C

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