Sp. Braga-V. Guimarães, 1-1 (crónica)

Bruno José Ferreira , Estádio Municipal de Braga
6 jan, 22:46

João Mendes não quis ficar sem o ceptro de rei do dérbi

Em dia de Reis, promessa de dérbi intenso no Minho. Sp. Braga e Vitória protagonizaram um duelo enérgico, mas ficaram aquém das expetativas no que ao espetáculo diz respeito. O Sp. Braga teve os três pontos na mão, mas foi impedido de igualar o FC Porto na classificação num dos últimos lances do encontro.

João Mendes, com uma autêntica bomba do meio da rua quando já passavam oito minutos para lá dos noventa, igualou um encontro em que o desacerto esteve demasiado presente, assim como os nervos à flor da pele. Vítor Carvalho tinha adiantado os bracarenses no marcador no início da segunda parte.

Sem Niakaté e Banza, ao serviço das respetivas seleções na CAN, Artur Jorge teve um revés ainda no aquecimento. Bruma lesionou-se e obrigou a que o Sp. Braga se apresentasse, não com quatro, mas com cinco alterações no onze comparativamente com o triunfo sobre o Casa Pia na última ronda.

Encaixe técnico

Foram precisos apenas cinco minutos para que a pedreira vibrasse no arranque do dérbi. No primeiro lance com princípio meio e fim o Sp. Braga abanou as redes, mas em posição irregular. Bruno Varela ainda defendeu um primeiro remate de Zalazar, mas não conseguiu suster a recarga. Havia, contudo, fora de jogo de Ricardo Horta no início da jogada.

Arranque prometedor, emoções fortes a abrir, mas a não ter sequência nos momentos que se seguiram. Os nervos estiveram à flor da pele, de parte a parte, cometeram-se demasiados erros e o futebol jogado foi pouco atrativo. Assumiu as despesas do jogo o Sp. Braga, teve mais bola, mas uma posse inconsequente.

Por seu turno, o Vitória teve várias saídas promissoras e com espaço ao recuperar o esférico, mas a tomada de decisão foi sempre errática. Passes precipitados, pouco nervo com o esférico e demasiado receio resultaram numa série de remates sem perigo, ora completamente desenquadrados ora de simples defesa para Matheus.

João Mendes destrona Vítor Carvalho

O embate arrastou-se nesta toada até ao intervalo, sendo o início da segunda quase que tirado a papel químico da primeira. O Sp. Braga precisou de poucos minutos para abanar com as redes da baliza de Varela, sendo que desta vez valeu mesmo. Rony Lopes forçou pelo corredor direito, ganhou espaço e fez o passe atrasado. Com espaço, Vítor Carvalho encheu o pé e fez a bola descrever um arco que abriu as hostilidades do dérbi.

Sem capacidade para dar uma reposta cabal, o V. Guimarães ficou à mercê daquele que foi o melhor período do Sp. Braga, com vários lances em que conseguiu sair bem da linha de pressão do conjunto de Álvaro Pacheco, aparecendo de frente para o jogo com várias unidades em condições de criar perigo. Foram valendo vários cortes providenciais e algumas defesas de Bruno Varela.

Voltou a arrastar-se o jogo, até ao apito final. Teve mais bola o Vitória na fase final, numa reação à desvantagem, mas sem capacidade para provocar mossa. Já em desespero, na compensação – invertendo-se os papeis da época passada – João Mendes assinou o tal grande golo. O Sp. Braga esteve obro a ombro com o FC Porto, mas acabou por levar um encontrão do rival.

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