Sub-21 EM DIRETO: é tempo de voltar a ser feliz em Alkmaar

9 out 2014, 15:35
Rui Jorge (José Coelho/Lusa)

A partir das 17h30 desta quinta-feira

A cidade é a mesma, mas o estádio AFAS, inaugurado em 2006, já nada tem a ver com o De Hout, onde, diante do AZ, o Sporting escreveu uma das páginas mais brilhantes do seu historial europeu. Rui Jorge, atual responsável pelos sub-21 portugueses, estava na equipa dos leões e pode voltar a ser feliz em Alkmaar, nove anos depois. 

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Rui Jorge: «Não vamos à procura de um empate»  

O jogo desta quinta-feira (17.30 portuguesas) põe frente a frente duas das melhores seleções da atualidade no escalão sub-21 – e é certo que só uma delas poderá estar na fase final, em junho de 2015, na República Checa. A «culpa», nesse particular, é da seleção holandesa que, contra todas as expetativas, deixou fugir uma situação de clara vantagem, no grupo 3, deixando-se ultrapassar pela Eslováquia, com duas derrotas nas últimas duas jornadas.

Já do lado português, é o que se vê: oito vitórias em outros tantos jogos no grupo 8, traduzem a melhor campanha de apuramento nos últimos 20 anos, e o regresso aos play-off de apuramento, oito anos depois da eliminação da Rússia, em 2006, ter valido a presença na fase final de 2007 que se realizou... na Holanda.



Na altura, as duas seleções cruzaram-se, com a vitória a sorrir aos holandeses (2-1), que tinham nomes como Vlaar e Babbel nas suas fileiras. Portugal respondia com Nani, Rúben Amorim, Moutinho e Veloso, entre outros, mas ficou pelo caminho, numa competição que acabou por ficar em casa: em 2007, a Holanda revalidou o título conquistado em Portugal, um ano antes.

Por cá, sabe-se o que aconteceu depois: até ao aparecimento desta geração, vitaminada pelo reaparecimento das equipas B, Portugal não voltou a estar tão perto de uma fase final, falhando os apuramentos em 2009, 2011 e 2013. Alkmaar pode, assim, marcar um ponto de viragem num confronto entre duas seleções que nesta altura têm mais em comum do que pode parecer à primeira vista.

Rúben Vezo otimista, apesar das «baixas importantes» 

Portugal não vai estar na máxima força neste play-off: além de William Carvalho, André Gomes e João Mário, chamados por Fernando Santos à seleção principal, também Bruma, Edgar Ié, Gonçalo Paciência e Tiago Ilori estão fora dos planos de Rui Jorge, por lesão. Do lado holandês, entretanto, com Ola John em bom momento e de volta aos convocados, o técnico Adrie Koster também não vai poder contar com Van Ginkel e Depay, lesionados, nem com o avançado Promes, chamado aos AA.



Koster chegou ao cargo em julho, para substituir Albert Stuivenberg, que acompanhou Louis Van Gaal na ida para Manchester. Soma por derrotas os dois jogos que orientou, e o facto de ter complicado um apuramento que parecia mais do que encaminhado vai reforçar a pressão sobre a sua equipa. Mas a instabilidade momentânea da Holanda não pode fazer apagar os aspetos positivos de uma laranja cujos 23 convocados, ao contrário de seis dos portugueses, jogam sem exceção em equipas do escalão principal.

Para lá do já referido bom momento de Ola John, a eficácia goleadora de Castaignos e a rodagem internacional do lateral esquerdo Willems são os pontos em destaque numa seleção holandesa fiel ao 4x3x3. Portugal tem a vantagem de contar com um grupo diversificado, que cresceu com o andar da competição e oferece várias alternativas a Rui Jorge. Rafa e Ricardo Horta, que regressam de presenças na seleção principal, aumentam as opções de ataque, o mesmo sucedendo com o vimaranense Tomané, chamado para a vaga de Bruma.

Equipas prováveis:
HOLANDA: Hahn; Ligeon, Van Beek, Rekik, Willems; Aké, Maher e Sinkgraven; Manu, Castaignos e Ola John.

PORTUGAL: José Sá; Ricardo Esgaio, Paulo Oliveira, Rúben Vezo e Raphael Guerreiro; Rúben Neves, Sérgio Oliveira e Bernardo Silva; Ricardo Pereira, Ivan Cavaleiro e Mané.

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