MP pede prisão preventiva para o ex-presidente da Câmara do Funchal (e ainda para os outros dois detidos)

Vânia Ramos , com Lusa
9 fev, 13:50
Pedro Calado, presidente da Câmara Municipal do Funchal (Facebook)

Três suspeitos estão detidos há mais de duas semanas

O Ministério Público pediu prisão preventiva para o ex-presidente da Câmara do Funchal Pedro Calado e para os outros dois outros detidos, os empresários Avelino Farinha e Custódio Correia, no âmbito de um processo que investiga suspeitas de corrupção na Madeira. Cabe agora ao juiz de instrução determinar as medidas de coação.

O interrogatório a Pedro Calado continuou esta quinta-feira no Campus de Justiça, em Lisboa, até que o ex-presidente do Funchal declarou que estava “desgastado e não ia responder a mais perguntas”, segundo o requerimento do advogado do ex-autarca, Paulo Sá e Cunha.

Desta forma, o juiz de instrução criminal Jorge Bernandes Melo convocou os restantes advogados, André Navarro de Noronha e Raul Soares da Veiga, que representam Custódio Correia e Avelino Farinha, respetivamente, para que estejam presentes no início das alegações.

A inquirição de Pedro Calado, que renunciou formalmente na semana passada ao cargo de presidente da maior câmara da Madeira, começou na terça-feira, não havendo ainda previsão para a definição das medidas de coação dos três suspeitos, detidos há mais de duas semanas (desde 24 de janeiro).

No âmbito da investigação, já foram ouvidos no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) o líder do grupo de construção AFA, Avelino Farinha, e o principal acionista do grupo ligado à construção civil Socicorreia, Custódio Correia, também detidos desde a mesma data.

A 24 de janeiro, a Polícia Judiciária (PJ) realizou cerca de 130 buscas domiciliárias e não domiciliárias sobretudo na Madeira, mas também nos Açores e em várias zonas do continente, no âmbito de um processo que investiga suspeitas de corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio, prevaricação, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, abuso de poderes e tráfico de influência.

O presidente do Governo da Madeira (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido e renunciou ao cargo, tendo o seu executivo entrado em gestão na segunda-feira.

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