Pedro Nuno diz que "espírito de Passos Coelho vai estar presente em toda a campanha" (e também já chegou ao PS)

26 fev, 22:51
Pedro Nuno Santos em campanha nos Açores (Eduardo Costa/Lusa)

Líder socialista não resistiu a comentar a aparição do antigo primeiro-ministro

Pedro Passos Coelho foi mesmo a estrela da campanha. De tal forma que o secretário-geral do PS sentiu necessidade de lhe dedicar algum tempo do seu discurso, a partir dos Açores, onde cumpriu o segundo dia de campanha.

Pedro Nuno Santos afirmou que o antigo primeiro-ministro “só parece ter ido a Faro para marcar o ponto, tal era o entusiasmo” daqueles que o rodeavam, depois de Passos Coelho ter aparecido ao lado de Luís Montenegro no comício do partido, em Faro.

“Não valia a pena esconderem-no, porque, como Passos Coelho lembrou, Luís Montenegro foi seu líder parlamentar”, atirou, falando em tempos de “malfeitorias e enganos” aos portugueses.

Passos Coelho hoje e no resto da campanha, entende o secretário-geral socialista. “É o espírito de Passos Coelho que vai estar sempre presente em toda a campanha”, reiterou, acenando com os cortes feitos pelo governo do social-democrata, nomeadamente o 13.º e 14.º meses, além dos cortes de salários e da subida do IVA da restauração. "Disse em abril de 2011 que era um disparate dizer-se que iria cortar o 13.º mês. Não cortou só o 13.º mês, cortou o 13.º mês e cortou o 14.º mês”, lembrou.

“Não é o espírito da AD de 1979 que vai pairar na campanha. É mesmo o espírito de Pedro Passos Coelho que vai estar sempre presente em toda a campanha”, afirmou Pedro Nuno Santos no discurso proferido num jantar comício no Pavilhão Multiusos Portas do Mar, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, nos Açores.

E prosseguiu: “Conhecia o memorando quando prometeu que não iria ser necessário cortar mais salários nem despedir gente. Mas foi exatamente isso que ele fez. Disse que era falso que quisesse subir o IVA para a restauração, mas também subiu”.

E as críticas ao PSD prosseguiram: “E nas pensões, caras e caros camaradas, não só foram além da ‘troika’ como tentaram com que os cortes fossem permanentes. Tentaram mesmo cortar pensões acima dos 600 euros. Só não conseguiram cortar porque o Tribunal Constitucional os impediu. Tentaram com que os cortes nas pensões fossem permanentes. Só não foram permanentes porque o Tribunal Constitucional os impediu. Não vale a pena esconderem-se no memorando”.

Segundo Pedro Nuno Santos, que falava num comício que reuniu, nas estimativas do partido, 450 apoiantes e simpatizantes do PS nos Açores, “o memorando é só uma desculpa”, e, naquela época, “cortaram pensões com convicção e tentaram que os cortes fossem permanentes”.

“E quando o Tribunal Constitucional chumbou, Luís Montenegro criticou o Tribunal Constitucional. Montenegro estava lá. Montenegro estava lá quando cada uma destas mentiras foi dita ao povo português. Vira o disco e toca o mesmo. Agora é a vez de Luís Montenegro vir fazer como Pedro Passos Coelho e prometer não cortar de maneira nenhuma um cêntimo que seja na pensão e na reforma de quem quer que seja”.

Na sua opinião, “o problema de Luís Montenegro é o mesmo de Pedro Passos Coelho. Não tem credibilidade”.

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