Uma perseguição, “seis a sete tiros” ouvidos e um morto: o que se sabe sobre o caso do homem de 62 anos abatido após disparar contra a GNR

Henrique Magalhães Claudino , Vânia Ramos / atualizado às 17:03 horas
7 dez 2021, 16:34

GNR intercetou e baleou esta terça-feira um homem que disparou contra elementos da Guarda enquanto davam cumprimento a um mandado de busca no Pinhal Novo

Um homem de 62 anos disparou contra elementos da GNR que estavam a cumprir um mandado de detenção no Pinhal Novo, Palmela. A GNR, através do Destacamento Territorial de Palmela, estava a realizar um inquérito relacionado com posse ilegal de arma e de ameaças quando o homem, ao observar os militares, disparou contra os elementos.

De acordo com um comunicado da GNR enviado à CNN Portugal, o homem estaria munido com uma caçadeira e os disparos que efetuou não causaram nem feridos nem danos. Depois de se ter colocado em fuga, foram mobilizados todos os meios disponíveis do Destacamento Territorial de Palmela e foi estabelecido um perímetro de segurança na zona onde se presumia que o suspeito se encontrava escondido.

Em virtude do mesmo se encontrar na posse de uma arma de fogo, foram mobilizados diversos meios do Comando Territorial de Setúbal, bem como da Unidade de Intervenção, nomeadamente o Grupo de Intervenção e Operações Especiais (GIOE), o Grupo de Intervenção e Ordem Pública (GIOP) e o Grupo de Intervenção Cinotécnico (GIC), que realizaram uma operação de batida em busca do suspeito.

Sequencialmente, meios do Comando Territorial de Setúbal, bem como da Unidade de Intervenção, foram chamados para o local para acelerar a captura do suspeito - que só ocorreu por volta das 14h30 horas, na zona da Fonte da Vaca.


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No momento da detenção, a equipa da CNN Portugal no local ouviu, a partir do perímetro de segurança, cerca de "seis a sete tiros". Foi ainda possível ouvir os militares a ordenar ao suspeito que baixasse a arma.

No local, o capitão da GNR Celso Pereira confirmou que o suspeito ofereceu resistência à detenção, tendo sido “necessário utilizar a força estritamente necessária” para a sua captura.

Questionado sobre se foram registados feridos no decurso da intervenção, o Capitão da GNR não precisou números, avançando que "todos os intervenientes que necessitam de receber assistência médica estão neste momento a tê-la através de elementos do INEM".

Cerca de uma hora e meia depois de o capitão Celso Pereira ter falado aos jornalistas, a GNR dava conta de que o suspeito tinha sido baleado durante a operação e que veio a morrer no local.

De acordo com o comunicado da GNR, foi necessário os militares recorrerem à utilização de arma de fogo "em legítima defesa", tendo atingido o suspeito de forma a neutralizar a ameaça.

O suspeito, afirma a Guarda, foi assistido de imediato por elementos da equipa de resposta à crise do INEM. A morte ocorreu "esgotados todos os meios de assistência ao suspeito".

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