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A sabedoria chinesa

25 mai 2022, 09:08

Os chineses, talvez o povo mais sábio do mundo, levam dezenas de anos a pensar a sua estratégia. Não têm pressa. Não se precipitam. É a sabedoria chinesa. É a paciência. Foi assim com a recuperação da soberania de Hong Kong, em 1997. Foi assim com Macau, em 1999.

No caso de Hong Kong, o processo foi doloroso. Já em relação a Macau, foi pacífico. Porquê?

Hong Kong representa a maior das humilhações na história da China. Em meados do século XIX, o Império Britânico tentou tudo para importar as sedas chinesas. O Imperador chinês não aceitou. Em represália, os ingleses viciaram milhões de chineses no consumo do ópio. Tal facto deu origem a duas guerras do ópio, como ficaram conhecidas. Hong Kong acabou por ficar sob a tutela do Império Britânico. 

Já relativamente a Macau, foram os chineses que “emprestaram” a cidade aos portugueses no século XVI. Serviu como entreposto comercial. Macau foi sempre uma cidade chinesa. Hong Kong tornou-se a maior praça financeira do mundo durante dezenas de anos, a par de Singapura, até ser ultrapassada por Xangai.

Dito isto: a China nunca escondeu que quer recuperar Taiwan. Mas nunca lançou uma ofensiva. Agora, está a avaliar a invasão russa da Ucrânia. E a retirar os devidos ensinamentos.

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