Autoridades e grupos de voluntários tentam ajudar os que fogem da guerra. ONU estima que cerca de 5 milhões de ucranianos venham a sair do país
Pouco mais de um dia após o início da invasão russa à Ucrânia, milhares de ucranianos já atravessaram as fronteiras com a Polónia, Eslováquia, Hungria e Roménia, muitos esperando horas até poder alcançar território seguro.
Na fronteira polaca, as autoridades fronteiriças estimam que 29 mil pessoas, entre ucranianos e cidadãos de outros países, tenham entrado na Polónia esta quinta-feira. Media locais, citados pela Reuters, garantem que muitos esperaram 16 a 18 horas ao frio para entrar por Medyka, no sul da Polónia.
O vice-ministro polaco do Interior, Pawel Szefernaker, afirmou que, em resultado da proibição de saída do país a homens entre os 18 e os 60, decretada pelas autoridades ucranianas, os condutores ucranianos das centenas de autocarros que pretendem atravessar a fronteira não puderam passar.
Um porta-voz da região polaca de Podkarpackie, Michal Mielniczuk, confirmou à agência noticiosa PAP (Polska Agencja Prasowa) que estava a ser preparado alojamento temporário para os refugiados.
“A vasta maioria segue para outros locais na Polónia após receberem uma refeição quente”, afirmou.
A Agência da ONU para os Refugiados estima que cerca de 5 milhões de pessoas refugiar-se nos países vizinhos “caso a situação se deteriore”.
Mais a Sul, na Eslováquia, as autoridades apelaram à população para doar sangue e anunciaram a criação de hospitais de campanha, com 5.380 camas pertencentes ao Exército.
Várias organizações de voluntários estão já a preparar alojamento e a organizar transporte para os milhares de pessoas que chegam das fronteiras.
Um país que não faz fronteira com a Ucrânia mas que tem 250 mil cidadãos a viver no país, é a Bulgária, que já começou a atribuir passaportes aos seus cidadãos em Kiev. As autoridades búlgaras já enviaram quatro autocarros para a capital para resgatar alguns destes cidadãos, e espera receber, ainda esta sexta-feira, cerca de 130 nacionais que estavam em Odessa.
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