NOS Alive e a busca incessante pela sombra: "Temos água, temos protetor solar, temos tudo para correr bem"

6 jul 2022, 21:59

Termómetros atingiram os 30 graus em Lisboa durante a tarde e à beira rio foram muitos os que procuraram a sombra para assistir aos concertos do festival

"Isto é sombra? Não queremos falar, só queremos sentar na sombra". A frase, proferida por uma de quatro amigas, podia ser o retrato do que se viveu na primeira tarde de regresso do NOS Alive ao Passeio Marítimo de Algés. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera já tinha avisado: as temperaturas vão subir bastante em Portugal Continental, podendo atingir os 40 graus, e é preciso ter cuidado. E foi isso que muitos dos festivaleiros fizeram ao chegar ao recinto.

Os termómetros marcavam 28 graus (e chegaram mesmo aos 30) quando as portas abriram, às 15:00. Quando as barreiras foram retiradas, foram poucas as pessoas que correram para serem as primeiras a chegar à frente de palco e as que o fizeram foram incentivadas pelos repórteres de imagem das televisões que ali estavam: tudo pela emoção do momento.

Na frente do Palco NOS Alive, um dos sete espalhados no Passeio Marítimo de Algés, as dezenas de pessoas que para ali se dirigiram sentam-se à sombra da estrutura para descansarem antes dos concertos arrancarem, daí por duas horas. Ao longe, ouve-se a música dos animadores de uma das marcas que estão presentes no recinto, mas a animação ainda é parca, muito por culpa da hora, muito por culpa do calor, muito porque as energias são para poupar até as bandas subirem ao palco. 

Inês e Rita são irmãs e vieram da Margem Sul para o primeiro dos três dias que conseguiram bilhete para o festival. Acabam de reforçar o protetor solar e, no bolso, Inês traz o panamá cor-de-laranja que foi distribuído no Rock In Rio este ano.

"Temos água, temos protetor solar, temos tudo para correr bem", dizem à CNN Portugal enquanto se dirigem para a frente do palco principal à procura de um lugar à sombra para ver Mallu Magalhães, a quem cabe a honra de abrir o palco principal.

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Apesar de confessarem que ficaram "um bocadinho assustadas" quando viram que as temperaturas iam estar elevadas, Rita explica que têm circulado pelo recinto e onde encontram a sombra.

"Estão a distribuir protetor solar à entrada e já estamos todas barradas. Também andámos a circular e já estivemos no palco Heineken e no Clubbing porque está mais sombrinha."

Mas não são as únicas. Também Melanie e Gil, que vieram de Lisboa, estão na primeira fila, à sombra, no meio de outras dezenas de pessoas, enquanto esperam pelo início, assim como Lea e Noémie, duas amigas que vieram de Paris e Amesterdão, respetivamente, para conhecer a cidade e aproveitar o festival.

Sentadas à sombra, nas baias de um dos fossos das câmaras de televisão, as jovens contam que compraram o bilhete para ver The Strokes e Stomae. 

A tarde vai caindo e com ela o sol desce atrás do palco. Podia-se mesmo dizer que há uma linha que separa o público, sendo que essa linha é a sombra e a parte do recinto que está ao sol tem menos público. 

Quando o concerto de Jungle começa, às 19:30, o lado direito do palco tem gente até quase ao palco Clubbing, enquanto do outro lado a multidão só chegava até metade da frente de palco. A noite cai. As temperaturas descem um pouco. A multidão junta-se. Os concertos seguem.

O primeiro dia conta ainda com os concertos de The War on Drugs, The Strokes e Stromae no Palco NOS Alive.

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