Apesar de considerar um «objetivo ilusório» num grupo que tem ainda a Argentina, a Bósnia e a Nigéria
Carlos Queiroz admite que vai ter dificuldades em formar um grupo de 23 jogadores para o Mundial. O selecionador do Irão confronta-se com falta de matéria prima de qualidade, mas não desiste de traçar objetivos ambiciosos, pelo que a meta é ultrapassar a primeira fase do campeonato. Colocado no Grupo F, o Irão terá de enfrentar a Argentina, a Nigéria e a Bósnia Herzegovina.«A ambição é a qualificação para a segunda fase. Eu sei que é excessivamente um objetivo ilusório, sei que é uma fantasia, mas eu não acredito nas mensagens de que vamos ao campeonato do mundo para aprender. Para elevar o grau de empenhamento as pessoas só entendem isto, por isso não me importo de criar esta fantasia, porque é a melhor forma de elevar o empenhamento», explicou durante a conferência «Falar de Futebol», que decorreu em Lisboa.
O português sabe as dificuldades que vai encontrar. «A equipa é estruturalmente amadora e vai defrontar adversários com jogadores que têm muita experiência de competições internacionais, mas já atravessei o meu inferno, que foi a qualificação, agora o campeonato do mundo é atravessar o céu», admitiu, contando que quando chegou ao Irão só tinha um jogador na seleção que atuava no estrangeiro e agora tem metade da equipa fora, porque foi procurar jogadores de ascendência iraniana que nunca tinham representado o país. Ainda assim, no grupo para o Mundial não terá qualquer jogador com experiência de Liga dos Campeões
Neste sentido, a estratégia vai assentar numa observação intensa dos adversários, «saber sofrer» e aproveitar o momento certo para fazer a diferença.
