Federação automóvel reconhece incapacidade e evita tribunais A federação automóvel reconheceu incapacidade financeira para controlar a suspensão e evitou os tribunais.
A Federação Internacional Automóvel (FIA) decidiu recuar na decisão de proibir a utilização de dispositivos electrónicos de ajuda à condução na Fórmula 1. O reconhecimento da incapacidade para conseguir controlar o cumprimento das novas regras e a eventualidade de conflitos judiciais com algumas equipas foram os motivos apresentados pelo organismo.
Os pilotos iam deixar de poder contar com o controlo electrónico de largada, o controlo de tracção e a caixa de velocidaes totalmente automática a partir do Grande Prémio de Inglaterra, mas, a garantia de que todos iriam cumprir não pôde ser dada pelo árbitro da F1. «Os dispositivos técnicos que assegurarão a ainexistência de ajuda aos pilotos requerem um investimento substancial» que, pelos vistos, ainda não é possível, pode ler-se no comunicado da FIA.
As questões de dinheiro foram também uma das bases da ameaça da Williams e da McLaren em processar a federação automóvel, devido aos investimentos feitos para a presente época. A FIA quis inicialmente começar a proibição no arranque de 2003 e desde logo os dois construtores avançaram com a ida para os tribunais se as alterações não começassem apenas em 2004.
A assumpção de que «a FIA está relutante em aplicar os fundos necessários até os actuais ou eventuais procedimentos arbitrais estarem resolvidos» confirma que os construtores ganharam esta primeira batalha até ao fim desta época: «A aplicação da proibição dos dispositivos de ajuda electrónica aos pilotos será adiada até à primeira corrida de 2004.»
Mas, para o futuro, a FIA já tratou de se prevenir (para não ter de voltar atrás) e as condições de cumprimento da proibição foram alteradas com as devidas antecedências e precauções: «Se as presentes incertezas não tiverem sido resolvidas antes do final do prazo estabelecido para regular os dispositivos técnicos para 2004, as equipas em competição serão obrigadas a demonstrar a inexistência de ajuda aos pilotos perante os comissários em todas as provas do campeonato de 2004 e subsequentes.»
