Fórmula 1: Ecclestone critica qualificação com uma só volta

27 mar 2003, 17:18

Patrão da Fórmula em choque com a FIA Bernie Ecclestone considera que as novas regras de qualificação não são competitivas e são desprovidas de excitação.

Bernie Ecclestone, o patrão da Fórmula Um, teceu duras criticas ao novo sistema de qualificação com apenas uma volta e exige uma mudança a curto prazo. O dirigente, em declarações à BBC, considera o actual sistema «horrível» e que a «excitação da fase de qualificação, perdeu-se».

As novas regras foram impostas por Max Mosley, presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), que pretendeu, desta forma, proporcionar um maior equilíbrio e espectáculo às corridas. Segundo as novas regras, os pilotos só têm uma volta para definir a sua posição na grelha de partida e não podem reabastecer entre a qualificação e a corrida, o que permite aos carros mais lentos conseguirem uma melhor qualificação, caso corram com menos gasolina do que as equipas de topo.

No entanto, Ecclestone acredita que o antigo formato, em que os carros eram optimizados e os pilotos tinham várias tentativas para fixar a sua melhor volta, era bem melhor. «Em primeiro lugar, os pilotos não estão a conduzir no limite na qualificação, e depois dão só uma volta mais rápida e regressam à boxe sem poder fazer nada, só podem ficar a ver», contou.

«Não têm a possibilidade de tentar bater um adversário que fez um melhor tempo. Não há competição, a excitação da qualificação desapareceu», acrescentou Ecclestone. No entanto, apesar da forte contestação, não deverá haver grandes mudanças a curto prazo. As equipas de Fórmula Um vão reunir-se com a FIA, depois do Grande Prémio do Brasil, previsto para o próximo mês, para discutir o impacto das mudanças e Mosley já disse que não deverá haver lugar a grandes alterações.

No entanto, Ecclestone exige mudanças drásticas. «Quando vamos ao médico e ele dá-nos um comprimido que não nos cura, ele muda a medicação. O novo sistema não está a funcionar. Vamos esperar mais um pouco, mas depois vamos mudá-lo», explicou.

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