Andebol: AJAP diz que a selecção está em risco

2 set 2002, 22:13

Jogadores preocupados A Associação de Jogadores defende que não estão reunidas condições para representarem a selecção em 2003.

A Associação de Jogadores de Andebol de Portugal (AJAP) considera que, neste momento, não existem condições para que os atletas possam vestir a camisola da selecção portuguesa. A declaração foi feita no decorrer da reunião extraordinária daquela entidade, que aconteceu esta segunda-feira, em Lisboa, e que juntou cerca de quatro dezenas de jogadores.

«Não estão reunidas as condições mínimas para representar a Selecção Nacional», defendeu a associação, segundo noticia a agência Lusa.

Os atletas mostraram-se ainda preocupados com a indefinição quanto ao campeonato em que vão jogar na próxima temporada. «Sem competição regular de qualidade, será completamente impossível atingir as metas definidas para o Campeonato Nacional, isto é, uma classificação que permita o apuramento directo para os Jogos Olímpicos de Atenas 2004», avisou a AJAP, que conta já com mais de duas centenas de associados.

A posição vem confirmar aquele que era já o principal receio relativamente ao Mundial de 2003. A pouco mais de quatro meses do Campeonato do Mundo que Portugal organizará, não se sabe que selecção representará as cores nacionais. O diferendo entre a Federação de Andebol de Portugal (FAP) e a Liga continua por resolver, sem que se veja luz ao fundo do túnel.

A federação vai organizar a sua divisão de elite sem os principais clubes, que querem uma competição profissional a arrancar a 28 de Setembro. Mas a federação ainda não deu autorização para que tal aconteça.

Entretanto, a AJAP foi recebida também nesta segunda-feira pela Confederação do Desporto (CDP) para dar conta das suas preocupações relativamente à situação. José Manuel Constantino, presidente do CDP, deu conta dessas preocupações. «Os jogadores receiam que o diferendo possa ser prejudicial para o desenvolvimento das suas carreiras desportivas», disse, em declarações à agência Lusa, manifestando o desejo de que os problemas se resolvam.

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