"À 15.ª vez já não é novidade". Marcelo entende que atirar tinta já perdeu a eficácia

Agência Lusa , AG
28 fev, 16:05

Declarações depois de Luís Montenegro ter sido alvo de um ataque com tinta verde

O Presidente da República considerou esta quarta-feira que os ataques com tinta já perderam a eficácia, sublinhando que a luta climática “é boa” e que a manifestação é um direito que assiste a todos em democracia.

Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas durante a visita à Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), onde, horas antes, o presidente do PSD, Luís Montenegro, foi atingido com tinta verde por um ativista climático.

“A ideia é uma boa ideia, que é o clima e que todos partilhamos. […] É um bom apelo, é um apelo de jovens, agora eu penso que a partir de determinada altura é uma forma de atuação muito pouco eficaz”, considerou o Presidente da República, ladeado pelo primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva.

Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que a manifestação é um direito que assiste a todos em democracia, mas considerou que esta forma de atuação “francamente, já perdeu eficácia”, por ser repetitiva.

"À primeira vez é novidade, à segunda vez é novidade... à 15.ª já não é novidade, e por isso perde eficácia", reiterou, lembrando que houve momentos em que mesmo aconteceu até com membros do Governo.

Nos últimos meses tem havido várias ações pelo clima, com ataques com tinta a membros do Governo, como o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, ou o ministro das Finanças, Fernando Medina, entre outras iniciativas levadas a cabo por ativistas.

Os ativistas do movimento Fim ao Fóssil reivindicaram a ação de em comunicado, argumentando que "nenhum partido tem um plano adequado à realidade climática".

O movimento estudantil reivindica o fim aos combustíveis fósseis até 2030 e exige que se pare de usar gás para produzir eletricidade até o próximo ano, utilizando antes 100% eletricidade renovável e gratuita.

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