Carvalhal: «Hoje não tivemos o nosso Messi»

Vítor Maia , Estádio do Rio Ave, Vila do Conde
29 fev 2020, 20:58
Carlos Carvalhal

Técnico do Rio Ave defendeu que jogadores como Lopes fizeram falta à equipa para quebrar a organização defensiva do Belenenses e acabou por falar um enorme elogio ao seu pupilo

Carlos Carvalhal, treinador dos vilacondenses, em declarações na sala de imprensa do estádio do Rio Ave, após o nulo frente ao Belenenses, em jogo da 23.ª jornada da Liga:

«Não podíamos ter feito mais. Merecíamos ter saído vencedores. Não gosto muito de estatísticas, mas eles ajudam a perceber o que foi o jogo. 12-1 em pontapé de canto, 7-0 em remates dentro da área e 2-0 em remates à baliza. Não foi um jogo avassalador em termos de oportunidades, mas foi no domínio, controlo de jogo e transições. Evidentemente que quando uma equipa se fecha como o Belenenses se fechou, é difícil criar oportunidades. É preciso paciência e circulação para encontrar os melhores espaços.»

«A segunda parte jogou-se no meio-campo defensivo do Belenenses. Conseguimos um golo que o VAR anulou por 32 centímetros. Merecíamos mais, porque o domínio de jogo foi flagrante. Tivemos oportunidades suficientes para claramente vencer. É preciso algum jogo interior neste tipo de encontros e hoje não tivemos o Diego e o Piazón, jogadores que dominam esses espaços. O Dala não está a 100 por cento, mas mexeu com o jogo quando entrou. Fizemos tudo o que podíamos ter feito. Entrou o Leo que é um ala e ficámos só com um médio.»

«A tendência nestes jogos é o golo aparecer nos instantes finais ou a equipa adversária marcar fruto de um algum desequilíbrio. É o tipo de jogo que este foi. No geral estou satisfeito. Estamos há oito jogos sem perder e a equipa tem evidenciado muita qualidade. O Belenenses apresentou densidade e qualidade a defender. Só se tivéssemos o Messi emprestado. Hoje o nosso Messi, o Diego, esteve de fora.»

[Tarantini jogou mais à frente no dia em que cumpriu jogo 400 pelo Rio Ave]:

«Ele jogou numa posição diferente do habitual. Durante vários anos o Tarantini jogou como médio ofensivo. Entra bem em zonas de finalização e a ideia foi colocá-lo perto do Taremi para desequilíbrios posicionais ou roturas a partir de cruzamentos. Surtiu efeito nos primeiros 15/20 minutos. O Belenenses ficou mais agarrado e tornou tudo mais complicado. Ainda assim, não perdemos a cabeça, circulámos e fizemos o que temos de fazer contra este tipo de equipas. A equipa esteve sempre muito equilibrado e transitou muito bem. Não demos oportunidades para o Belenenses sair em transição. »

«Fico satisfeito pelo Tarantini pela época fantástica que está a fazer. Não olhamos para a idade, mas para o rendimento e o dele tem sido sempre muito alto. Parabéns pelos 400 jogos, espero que chegue pelo menos aos 500.»

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