Rio Ave-Belenenses, 0-0 (destaques)

Vítor Maia , Estádio do Rio Ave, Vila do Conde
29 fev 2020, 20:17

VAR, André Moreira e o intransponível Aderllan

Figura: Aderllan

Uma exibição praticamente irrepreensível. Concentradíssimo, o defesa não falhou uma corte, não perdeu um duelo e raramente deu espaço a Casierra no corredor central. Criterioso e inteligente, o ex-Valência foi decisivo na forma como o Rio Ave procurou atacar, sempre de pé para pé a partir da defesa. Aderllan podia ter acabado como o herói, mas o desvio de calcanhar saiu ligeiramente ao lado na melhor oportunidade da partida.

Momento: VAR impede vitória do Rio Ave, 90m

A jogada, diga-se, é deliciosa. Diogo Figueiras combina com Bruno Moreira, recebe na área e remata de trivela para o poste mais distante, fora do alcance de André Moreira. Após dois minutos de espera, o VAR descortinou a posição irregular de Bruno Moreira no início do lance. Penalizador para o Rio Ave, obviamente.

Outros destaques:


Diogo Figueiras: Varela não o incomodou na direita e o lateral cedido pelo Sp. Braga sentiu-se confortável para subir no flanco e apoiar o ataque. Depois de já ter assistido Taremi para um remate à meia-volta, Diogo Figueiras (grande disponibilidade física) combinou com Bruno Moreira, destacou-se em velocidade na área e marcou de trivela. Um golo de belo efeito. Porém, o VAR foi desmancha-prazeres e anulou o lance por posição irregular de Bruno Moreira.

Cassierra: o colombiano provou que é um jogador de qualidade. O avançado uma lusa desigual com Aderllan e Borevkovic e, perante a postura da mais retraída do Belenenses, foi obrigado a fazer constantes movimentos na procura da profundidade. Ainda assim, conseguiu um cabeceamento que Al Musrati desviou para a própria baliza – valeu Kieszek – e um disparo de fora da área por cima. Seria injusto pedir mais a Cassierra.

Carlos Mané: a definição é uma das lacunas do seu jogo. Jogou bem, carregou jogo pelo corredor e mostrou pormenores de qualidade técnica nos duelos individuais, sobretudo com Nilton Varela. O ex-Sporting teve o mérito de nunca se ter escondido e de ter agitado uma partida cinzenta.

André Moreira: teve pouco trabalho, porém, quando foi preciso respondeu à altura. Notável a defesa com a ponta das luvas do guarda-redes do Belenenses a remate de Dala. Uma intervenção que valeu um ponto. Por isso, merece o destaque.
 

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