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Jorge Paixão diz que Sp. Braga «está melhor que na primeira volta»

4 abr 2014, 19:49
Apresentação de Jorge Paixão como novo treinador do Sporting de Braga (LUSA)

Treinador vê as coisas pelo lado positivo

Apesar das contrariedades, Jorge Paixão faz uma análise positiva da sua experiência em Braga e socorre-se dos pontos conquistados pela sua equipa, nos cinco jogos efetuados, quando comparados com os pontos obtidos pela equipa, na altura comandada por Jesualdo Ferreira.

Balanço da carreira em Braga? «Difícil… Estou contente por poder representar um grande clube, pela sua dimensão e pela sua massa adepta, mas tenho tido alguma dificuldade. Se olharmos bem, ainda não fiz um jogo com a mesma equipa, temos tido muito azar em relação às lesões, e falta de sorte. Tem-nos acontecido de tudo, é melhor dizer assim, e por isso temos andado sempre condicionados. Agora, também tem havido oportunidade para jogarem jogadores da nossa equipa B, o que também é importante para o crescimento deles. Gostaria que fosse diferente, de ter todos os jogadores ao meu serviço - como ainda não tive -, mas no fundo, olhando ao campeonato, temos de ser pragmáticos: se olharmos à primeira volta, o Sp. Braga, nestes últimos cinco jogos que eu fiz, somou zero pontos. Teve cinco derrotas. Na segunda volta, com todas estas contrariedades que temos tido, fizemos cinco pontos. Dentro dessa perspetiva, olhando e buscando sempre algo de positivo, podemos ver isto como positivo.»

Paixão insistiu na ideia do balanço positivo: «Estamos com tudo em aberto para a meia-final da Taça. Temos que concentrarmo-nos naquilo que temos: cinco jogos de campeonato, queremos ganhá-los, e vamos lutar por isso. E temos a meia-final da Taça. Aquilo que espero é que a onda negra das lesões passe, que os jogadores recuperem, porque com todos ficamos mais fortes», afirmou.

Apesar das dificuldades, o treinador acredita na qualificação europeia, até porque o clube ainda dispõe de duas vias. «A Taça é Europa. Nós temos duas vias para ir à Europa: a via da Taça de Portugal e a via do campeonato. Na via do campeonato, houve um encurtamento quando cheguei – conseguimos encurtar de sete para três pontos em relação ao Nacional –, agora, como perdemos com o Benfica e o Nacional ganhou ao FC Porto, ficámos a seis. Está um pouco mais distante, mas claro que é possível. Depois temos a via da Taça: se formos à final, automaticamente somos apurados para a Europa.», observou, ciente de que uma derrota em Olhão, pode complicar as contas. «Complica, claro. Torna as coisas muito mais difíceis. É um resultado que complica.».

Por isso, é proibido falhar em Olhão… «É proibido falhar sempre. Se já temos uma ‘décalage’ de seis pontos, se amanhã não nos correr bem, é lógico que fica muito complicado. O importante é ter espírito positivo e acreditar que podemos ter uma tarde feliz e ganhar. É isso que eu pedi aos jogadores, foi para isso que preparei a equipa e é por isso que temos de lutar, com todas as contrariedades que temos», disse.

Jorge Paixão quer a sua com a mesma atitude do jogo com o Benfica. «Pedi exatamente isso à equipa e tenho a certeza de que, se tivermos essa postura e essa atitude, estamos muito próximos de ganhar, porque a equipa é forte. Agora, também é muita gente nova e às vezes sabemos que as coisas oscilam. Vamos procurar que não oscilem e que estejam compenetrados e concentrados para termos o resultado positivo, que é a vitória», acredita.

Quanto ao jogo com o Olhanense… «Prevejo difícil com um adversário que precisa de ganhar, tal como nós, mas com objetivos diferentes. Esperamos uma equipa motivada para querer ganhar e para nos apresentar dificuldades, mas estamos preparados para isso. Encaramos com expetativas de ganhar. Em casa, o Olhanense é uma equipa motivada, com o público muito próximo, intenso, que vai estar do lado deles. Tem jogadores com qualidade e vai querer fazer deste o jogo da época, porque é imperioso para o Olhanense ganhar, para tentar a salvação da descida».

Teoricamente, um adversário mais fácil? «Não… Não há adversários fáceis. Isso é conversa. Os adversários são todos difíceis, todos têm o seu grau de dificuldade e o jogo de amanhã vai ter um grau grande de dificuldade», antevê.



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