Portimonense-Benfica, 2-2 (crónica)

Jorge Anjinho , Portimão Estádio, Portimão
10 jun 2020, 22:04

Luz apagada, parte II

Com erros alheios, o Benfica construiu uma preciosa vantagem de dois golos até à meia-hora de jogo. Depois, sofrimento e nova escorregadela. A boa reação do Portimonense, na segunda metade, deu empate com mérito. Incompreensível e penosa foi a atitude e o futebol dos encarnados após o intervalo, não conseguindo aguentar a vantagem, nem a reação dos algarvios. Tal como com Rui Vitória no mesmo estádio, a luz pode apagar para Bruno Lage.

Sem linhas de passe, o Benfica passou os primeiros 15 minutos obrigado a recuar para organizar-se. Mérito do Portimonense, que colocou os encarnados num colete de forças. Por isso, só depois Gonda foi incomodado pela primeira vez, num remate de Rafa, por cima da baliza.

As dificuldades em furar a defesa algarvia eram mais que muitas, até que um grande passe de Rúben Dias apanhou Lucas Possignolo a dormir: disso aproveitou-se Rafa para isolar-se e tocar atrasado para uma «bomba» de Pizzi com o pé esquerdo, que só parou dentro da baliza do Portimonense (18m). Carlos Xistra ainda esperou pela confirmação do VAR em relação à posição de Rafa, mas Willyan colocara-o em jogo por 87 centímetros.

A vantagem deu tranquilidade à equipa de Bruno Lage, que, a espaços, conseguiu ligar triangulações, mas sem eficácia na finalização. Mas o Benfica, mesmo sem forçar, conseguiu assumir o jogo. O Portimonense nunca conseguiu chegar de forma efetiva à baliza de Vlachodimos. Apenas uma vez, por Tabata, já perto do intervalo, houve um remate, mas por cima do alvo.

Antes, a vantagem tinha sido ampliada por André Almeida, que aproveitou uma falha monumental de Lucas Possignolo. O defesa não conseguiu o corte, deixou a bola passar entre as pernas e o lateral-direito do Benfica apareceu na cara de Gonda para finalizar (31m).

Grande reação teve o Portimonense após o intervalo. Paulo Sérgio lançou Aylton Boa Morte e Fali Candé para os lugares de Henrique e Pedro Sá, ficou com mais caudal ofensivo e com resultados práticos.

A reação começou com um lance de possível bola no braço por parte de Taarabt após um canto, não considerado após análise do VAR. Ficou o aviso de que os algarvios tinham outra vontade em reentrar na discussão do resultado. O que viria a acontecer...

Lucas Fernandes, com espaço na área, rematou rente ao poste direito. Um aviso para Vlachodimos, impotente para travar um cabeceamento de Dener, na sequência de livre, que reduziu para um a vantagem encarnada (66m).

O Benfica não conseguia anular o ímpeto do Portimonense e viu a situação mais complicada a 13 minutos do final, quando Júnior Tavares colocou a bola com perfeição no canto superior direito da baliza, empatando (77m). Mais uma vez, na sequência de um canto, que deixou a nu as fragilidades do Benfica neste tipo de lances.

Até final, o jogo partiu-se, o Benfica apertou com a entrada de Gabriel, Dyego Sousa e Seferovic, mas abusou nos cruzamentos para a área, sem consequência. Isto quando o Portimonense já defendia o ponto, com a entrada de Jadson, mas com força ainda para esticar e aproximar-se da baliza de Vlachodimos.

O Benfica ‘deixou’ dois pontos no Algarve e somou uma pálida exibição, sobretudo após o intervalo, que pode comprometer na luta do título. Para o Portimonense, ponto importante na luta pela manutenção e a impressão positiva neste reatamento do campeonato.

Relacionados

Benfica

Mais Benfica

Patrocinados